Ingredientes de uma campanha sem escrúpulos

Mentira. Manipulação. Insídia

A operação de difamação contra o PCP assume contornos persecutórios intoleráveis. Para procurar sustentar conclusões previamente definidas não se tem olhado a meios.

Escusado seria invocar aqui o manancial de violações grosseiras de critérios e princípios deontológicos a que os jornalistas estão obrigados.
Fiquemos apenas pelo cortejo de MENTIRAS. A densidade e presença da mentira, da mais boçal à mais ornada, não permite esgotar aqui o seu elenco.

Mentem, descaradamente

Protesto enviado à ERC contra campanha persecutória da TVI

A CM Loures e as lâmpadas

Data: 17 de Janeiro de 2019

Fonte: TVI, Jornal da Uma, Jonal das 8, Deus e o Diabo

Autores: Ana Leal, André Ramos

«11 mil euros por mês» (…) «num dos meses recebeu esse valor, limitando-se a mudar oito lâmpadas e dois casquilho» (TVI , 19h55) ou «Portanto haverá muitos portugueses e muitas empresas, para fazer, como num determinado mês, como nós vimos, mudar 8 lâmpadas e 2 casquilhos, ganhar 11 mil euros. É isto, factualmente, que está em causa». (TVI, Jornal da Uma, Ana Leal - 17 de Janeiro)

MENTIRA! O contrato estabelecia, e era cumprido, a verificação, limpeza e manutenção de 438 abrigos de transportes públicos, assim como à renovação dos suportes de publicidade neles inseridos, dispersos pela área do concelho.

«Jorge Bernardino, casado com a filha de Jerónimo de Sousa, estava desempregado há três anos e antes deste contrato milionário tinha trabalhado num talho, numa florista e num supermercado». (TVI, Jornal das 8, Ana Leal - 17 de Janeiro)

MENTIRA! Jorge Bernardino estava a trabalhar e não desempregado.

«E o recibo não deixa margem para dúvidas. É passado a título individual e com número de contribuinte particular». (TVI, Jornal das 8, André Ramos - 17 de Janeiro)

MENTIRA! O recibo corresponde a pagamento a uma entidade empresarial neste caso de empresário em nome individual, registada como tal nas Finanças, e que apesar de repetidamente explicado, o suposto jornalista manteve a veiculação da falsidade.

«A experiência profissional também levanta dúvidas. Trabalhou num supermercado, num talho e numa florista, nada relacionado com manutenção de paragens e de mupis de publicidade. 3 anos sem trabalho» (TVI, Jornal das 8, André Ramos - 17 de Janeiro)

MENTIRA! Jorge Bernardino, como é público, trabalhou cerca de 20 anos na área da electricidade e da electromecânica, habilitando-o para lá do que seria exigível ao trabalho que desenvolvia. Assim como trabalhou na área da construção e manutenção de jardins e arranjos exteriores e não numa "florista".

«A partir do primeiro contrato foi sempre a subir» (TVI, Jornal das 8, André Ramos - 17 de Janeiro)

MENTIRA! É pela manipulação de valores – o primeiro é apresentado isoladamente, em 2016 e 2017 são somados os valores de dois contratos, sem referências ao prazo – que a TVI sustenta a mentira. É ainda ocultado que a diferença dos valores dos contratos está associada à alteração da duração dos contratos e ao aumento (para o triplo!) do número de abrigos associados ao objecto do trabalho contratado.

«A questão do favorecimento tem a ver com o ajuste directo. E todos os contratos, à excepção de um, todos eles são ajuste directo. E o ajuste directo significa, para quem não percebe destas coisas, a CM dizer assim: é para si» (TVI, Jornal da Uma, Ana Leal - 18 Janeiro)

MENTIRA! Mesmo que Ana Leal possa não alcançar a diferença entre conceitos elementares, ajuste directo é uma forma de contratação pública associada a consulta a outras entidades e em que a decisão de adjudicação corresponde, como no caso, ao melhor preço, logo ao interesse público.

«Nem o PCP nem a CM Loures apresentam factos, limitam-se a dizer aquilo que está nos contratos. Eu digo mesmo que nem a própria CM sabe quantas paragens foram ou não limpas por Jorge Bernardino» (TVI24 – 15h12, André Ramos) ou «Essa é outra questão e eu desafio aqui, precisamente, o presidente da Câmara de Loures e Jerónimo de Sousa a mostrarem esses relatórios, porque o contrato é bem claro» (TVI, Jornal das 8 e Deus e o Diabo, Ana Leal - 18 Janeiro)

MENTIRA! Para lá da idiotice revelada quanto ao que ao PCP e ao seu Secretário-Geral se exigiria de explicação sobre contratos e prestação de contas de actividade de uma empresa contratada por uma autarquia, é falso, como a CM explicou, que os serviços municipais não possuam avaliação da prestação do serviço contratado.

«Sabemos que as CM têm que abrir concursos públicos para que este tipo de serviços seja feito. (TVI24, Rita Rodrigues)

MENTIRA! É falso que as CM sejam obrigadas a lançar concursos públicos para contratação de serviços cujo montante e natureza seja idêntico.

«Eu recordo, muito rapidamente, que em 2013, falando de ligações políticas e familiares, o marido da então Ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque foi contratado pela EDP para uma prestação de serviços e nessa altura, em Julho de 2013, Jerónimo de Sousa disse que era uma «escandalosa promiscuidade» e que havia uma «perversão democrática e constitucional». Terminando dizendo que havia «evidências de lodaçal». Para alguém que é tão crítico para as ligações familiares entre dirigentes políticos, detentores de cargos públicos, e prestações de serviços, acho que o PCP deveria ter fundamentado melhor a reacção à reportagem.» (TVI, André Ramos). Mentira repetida por palavras idênticas por Ana Leal no programa Deus e o Diabo da TVI.

MENTIRA Descarada! Como a TVI pode consultar, porque detém o registo, é falso que Jerónimo de Sousa tenha criticado o marido de Maria Luís Albuquerque. Criticou sim (4 de Março de 2016, imagem de arquivo da TVI ) a contratação da ex-ministra da Finanças para o grupo britânico de gestão de crédito Arrow Global que tinha ligações a diversas entidades bancárias portuguesas.

Manipulação, mentira e difamação no comando editorial da TVI

Esclarecimentos da CML acerca da peça emitida pela TVI

Protesto enviado à ERC

Os funcionários da CM Seixal fazem "turnos" na Festa do «Avante!»

Data: 31 de Janeiro de 2019

Fonte: Revista Visão

Autores: Octávio Lousada Oliveira

«Câmara paga “voluntários” do Avante!». «A autarquia do Seixal paga horas extraordinárias aos trabalhadores para fazerem turnos na Festa do Avante!» (Visão - 31 de Janeiro)

MENTIRA! Não há trabalhadores pagos pela autarquia a fazer turnos na Festa do «Avante!». Como foi esclarecido, o trabalho de funcionários da autarquia cinge-se à intervenção necessária na gestão do espaço público (circulação, venda ambulante, relação com moradores) a exemplo do que qualquer autarquia faz quando no seu território se realizam eventos com impacto na gestão e ordenamento do espaço público. A presença de um stand expositivo a exemplo de outras entidades que a CM Seixal ocupa para divulgação da actividade e do concelho no interior da Festa do «Avante!» tal como faz noutros eventos. É naturalmente assegurado pelos trabalhadores da autarquia.

Mentiras e insinuações da «Visão» para atacar a Festa do «Avante!»

Câmara do Seixal desmente revista «Visão»

Os "pecados" na CM Seixal

Data: 7 de Fevereiro de 2019

Fonte: TVI, Jornal das 8

Autores: Ana Leal, André Ramos

CM Seixal é das mais endividadas. (TVI, Jornal das 8, Ana Leal - 7 de Fevereiro)

MENTIRA! Como Joaquim Santos se esforçou por explicar, esforço em vão perante as limitações cognitivas da interlocutora, a afirmação é falsa. Não se pode observar níveis de endividamento à margem da relação receita/dívida. O município do Seixal é o 18.º no ranking entre cem dos que detêm o melhor de eficiência financeira como se pode consultar no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses.

Insídia e mentira no comando editorial da TVI

Câmara Municipal do Seixal repudia e desmente peça da TVI

Protesto enviado à ERC

Os despejos promovidos pelo PCP

Data: 31 de Janeiro de 2019

Fonte: TVI, Jornal das 8

Autores: Ana Leal, André Ramos

«O senhor, (dirigindo-se a João Bernardino) sendo do PCP, sente-se confortável ao atribuir a empresas prédios inteiras para alojamento local, despejando quem lá vive (…) Mas despeja quem lá vive! Isto vai ao arrepio até da sua própria ideologia.(…) E na prática vai ser despejada uma idosa.» (TVI, Jornal das 8, André Ramos - 31 de Janeiro)

MENTIRA! Sob a obsessão persecutória revelada nas afirmações tentam-se tapar as mentiras veiculadas: Não é possível relacionar o actual Presidente dos Inválidos do Comércio, João Bernardino, com a decisão da entrega do prédio à empresa encarregue da sua administração; e ainda menos associá-lo ao suposto “despejo”. Primeiro porque não teve intervenção, depois porque não há nenhum despejo consumado. O que há em curso é um litígio com a empresa gestora (como a Associação esclareceu) em que a actual arrendatária pretende no processo em curso de arrendamento global do prédio um contrato sem termo e acesso a uma garagem na cave sem pagar mais nada. Proposta não aceite, estando em curso propostas alternativas de realojamento de valor equivalente ao que tinha. Nunca foi emitida nenhuma comunicação de despejo.

«Tem 92 anos e é apenas uma das várias vítimas de despejo por uma instituição de solidariedade social dirigida por pessoas maioritariamente comunistas.» (TVI, Jornal das 8, Ana Leal - 31 de Janeiro)

MENTIRA! A Sra. de 92 anos que aparece na peça não é titular do contrato de arrendamento, mas sim a filha (que aparece distorcida na peça da TVI como filha da inquilina). A idosa nada tem que ver com o prédio nem com a fracção arrendada, foi lá colocada agora de forma a poder ser instrumentalizada na peça pela TVI como vítima de despejo. Recorrendo a um termo que a TVI tanto usa, não há como negar!

«A medida é controversa e partiu do pai de João Ferreira, eurodeputado do PCP e vereador na CM Lisboa eleito pela CDU, um dos maiores críticos da chamada lei dos despejos e do alojamento local. Manuel Ferreira é militante do PCP e foi vice-presidente dos Inválidos do Comércio.» (TVI, 31 Janeiro, Jornal das 8, Ana Leal)

MENTIRAS! Um chorrilho de mentiras! A decisão foi tomada pela anterior Direcção e foi aprovada por unanimidade do Conselho de Administração da Fundação Laura Artiaga, composto na altura por Vítor Damião, Manuel Ferreira e Francisco Cavalheiro, respectivamente Presidente, Vice-presidente e Vogal do Conselho de Administração. Nenhum deles é militante comunista. Aliás nem o pai de João Ferreira é membro do Partido.

PCP repudia insistência caluniosa e manipulatória da TVI

Comunicado da Direcção de Inválidos do Comercio sobre a reportagem da TVI

Protesto enviado à ERC

Não nos intimidam!

Estaremos onde sempre estivemos: com os trabalhadores e o povo contra a exploração e o empobrecimento

A operação de difamação que os sectores mais reaccionários e do capital monopolista têm em curso contra o PCP, conduzida a coberto de alguns órgãos de comunicação social e da acção provocatória de supostos jornalistas, assume contornos persecutórios intoleráveis.

Manipulação ostensiva de factos, difamação gratuita a partir de insinuação não provada, deturpação de conceitos são alguns meios a que os operacionais desta campanha têm recorrido. Tudo enquadrado numa torpe operação persecutória do PCP, dos seus militantes e mesmo de quem se relaciona com eles.

Escusado seria invocar aqui o manancial de violações grosseiras de critérios e princípios deontológicos a que os jornalistas estão obrigados. Desde logo porque o que temos presenciado é sobretudo a acção mercenária a coberto de uma carteira profissional, de uma câmara usada como arma e de um microfone em riste que carregado de ódio só não mata porque a tecnologia usada não o permite.

Fiquemos apenas pelo cortejo de MENTIRAS. A dimensão da empreitada não conduzirá entretanto a que, com prejuízo de muitas outras, aqui se registem algumas das que as peças diversas editadas em alguns órgãos de Comunicação Social com destaque para a TVI que assumiu como critério editorial a mentira, a manipulação e difamação. Ficam a sobrar todas aquelas que, orladas pela insinuação mais ou menos subtil, conduzem quem as recepciona a não dar conta da mentira que lhe subjaz.