Consideramos que a resolução aprovada está muito aquém do que, para nós, deve significar a marcação de origem, isto é, entre outros aspectos, um instrumento de defesa dos empregos industriais na Europa, nomeadamente nas pequenas e médias empresas, mas também um instrumento contra o dumping social e ambiental. Daí a nossa abstenção.

Para mais, esta resolução é omissa quanto às consequências da liberalização do comércio mundial no emprego e tecido industrial nos diferentes Estados-Membros.

É omissa quanto às inúmeras deslocalizações em busca do lucro fácil e suas consequências, como a desindustrialização de vastas regiões, o aumento do desemprego e a degradação das condições económicas e sociais.

Uma resolução que se limita a solicitar à Comissão e ao Conselho "que tomem todas as medidas necessárias a fim de garantir condições de concorrência equitativas".

Por fim, lamentamos que a maioria do PE tenha rejeitado as propostas que apresentámos e que, entre outros aspectos, visavam a manutenção dos postos de trabalho, o respeito pelos direito dos trabalhadores e dos consumidores, a de luta contra o trabalho infantil ou a escravatura, contra a importação de produtos provenientes de territórios ocupados e insistiam na necessidade de retirar as ajudas europeias às empresas e investidores que recorrem à deslocalização da sua produção.