Intervenção

Intervenção de abertura da 18ª Assembleia da Federação Mundial da Juventude Democrática - Cátia Lapeiro, Secretariado da DN da JCP

Camaradas e amigos

Bem vindos à 18º Assembleia da Federação Mundial da Juventude Democrática, momento alto da vida da Federação, que conta com a participação de 86 organizações de todo o mundo, e que contribuirá certamente para o seu reforço e para afirmar importantes linhas de trabalho para a sua intervenção nos próximos quatro anos.

Num contexto em que o imperialismo procura avançar cada vez mais e subjugar povos, através de guerras e ocupações, é cada vez mais necessário estimular a resistência dos povos e afirmar o caminho do progresso e da Paz, através da luta anti-imperialista e da luta pelos direitos da juventude travada em cada país. E este será certamente um momento fundamental para fazer esta análise e estimular o trabalho das organizações.

É com grande alegria e orgulho que a JCP acolhe esta Assembleia aqui em Lisboa, num local histórico e significativo para o movimento operário português. Este é também um momento muito importante e significativo para o nosso país, tendo em conta a situação política e a luta travada ao longo dos últimos meses, e em particular neste mês, pelos trabalhadores, estudantes, vários sectores, contra os ataques da política de direita deste Governo e do Pacto de Agressão assinado com o FMI, a União Europeia e o Banco Central Europeu.

É pertinente relembrar marcos históricos que ligaram a juventude portuguesa à Federação e vice-versa. Em 1947, a juventude portuguesa respondeu ao apelo da Federação, que mesmo sob as condições difíceis do fascismo, entusiasticamente organizou um acampamento do Movimento de Unidade Democrática Juvenil, onde as forças repressivas investiram com violência e prisões contra a exigência de liberdade e democracia para Portugal pelas centenas de jovens presentes. E ainda hoje o 28 de Março é assinalado com grandiosas lutas de jovens trabalhadores! Ou o caso do Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes de 1962 ,em Helsínquia, onde a delegação portuguesa propôs que as então colónias portuguesas participassem como países independentes. Assim aconteceu, sendo que houve camaradas que foram presos no regresso. Relembramos ainda a 14ª Assembleia da FMJD, acolhida em Portugal pela JCP em 1995, que foi um momento importantíssimo da vida da FMJD, permitindo que se reafirmasse inequivocamente como organização juvenil anti-imperialista, num contexto tão difícil da nossa história, depois da queda da URSS.

Na preparação desta Assembleia em Portugal, tiveram envolvidos muitos camaradas e amigos, que militantemente e de forma colectiva preocuparam-se com a organização desta iniciativa. Desde a sua divulgação junto da juventude portuguesa, em escolas, locais de trabalho e outros locais onde se concentram os jovens, com propaganda, debates, concertos, que permitiu afirmar a Federação e a Assembleia a milhares de jovens. A Assembleia e os seus objectivos políticos foram abordados amplamente na organização da JCP, desde os organismos de direcção, até aos colectivos de base, o que permitiu que o geral dos camaradas tivessem envolvidos nos aspectos da sua preparação e divulgação.

Para a realização desta grandiosa Assembleia, não podemos deixar de agradecer à Voz do Operário – direcção e trabalhadores - e aos camaradas tradutores. Agradecemos igualmente a presença dos convidados portugueses - Movimento Democrático de Mulheres, Conselho Nacional de Juventude, Opus Gay, Rede Exequo, URAP, ABIC, Interjovem – CGTP- IN , a União de Sindicatos de Lisboa, Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública e o Partido Comunista Português.

Camaradas e amigos

Com todo o ânimo e alegria de quem luta diariamente por um mundo de progresso, damos início aos trabalhos da 18º Assembleia da FMJD, com a discussão e análise que certamente reforçará a luta anti imperialista e as lutas dos nossos países!

Viva a luta anti-imperialista!

Viva a FDMJ!

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