Temos defendido e valorizado a possibilidade de existência da "marcação de origem", considerando-a, entre outros aspectos, como um instrumento de defesa dos empregos industriais na Europa, nomeadamente nas pequenas e médias empresas; um instrumento contra o dumping social e ambiental.
Um instrumento importante, mas apenas isso: um instrumento.
Não é - não nos iludamos a esse respeito! - uma panaceia, a solução mágica universal para fazer face às consequências nefastas da liberalização e desregulação do comércio mundial, aos tremendos prejuízos que acarreta sobre o emprego e sobre as condições económicas, sociais e ambientais.
Alguns dos que beneficiam desta desregulação e liberalização são os mesmos que se têm desde sempre oposto à denominação de origem: os grandes importadores e a grande distribuição europeia.
Pela nossa parte, continuaremos a lutar contra o "proteccionismo" que tem sido dedicado a estes grandes interesses, contrariando o interesse colectivo mais geral, os interesses de milhares de PME's na Europa, contra os trabalhadores e os seus direitos e salários.
Ainda quanto à "marcação de origem", precisamos de abordar seriamente algumas questões que se prendem com cadeias de produção e transformação que abrangem áreas geográficas distintas. Estas questões não são inultrapassáveis e deverão ser resolvidas de forma transparente e o mais informativa possível.