A actual crise do capitalismo tem agravado o processo de enfraquecimento da siderurgia em vários Estados-Membros e o impacto nas populações tem sido devastador, nomeadamente em regiões que dependem deste sector industrial e de outras indústrias a jusante.
Esta resolução não só não denuncia os reais responsáveis pelo estado actual da siderurgia em cada Estado-Membro e na Europa, onde as privatizações do sector conduziram ao seu real declínio, como insiste nas mesmas políticas europeias que determinaram o fosso social e económico para onde foi empurrada esta indústria.
O aspecto fundamental que nenhuma das resoluções votadas compreendia, e que a resolução proposta pelo nosso grupo defendia é que é imprescindível exigir a "renacionalização da indústria do aço" e que "apenas o controlo público da indústria do aço pode garantir, simultaneamente, o futuro do sector e os direitos dos trabalhadores".
Por outro lado, a resolução em votação, proposta pelo grupo socialista e dos sociais-democratas, avança com soluções de "requalificação e reciclagem profissionais dos trabalhadores" e recurso a "instrumentos financeiros da UE, como o Fundo Social Europeu e o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização", soluções para quem já antevê mais despedimentos e deslocalizações de empresas.