Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Implementação do Céu Único Europeu

Sejamos claros: a intenção deste pacote é liberalizar e mercantilizar a gestão do espaço aéreo na Europa. Avançar sobre uma nova área de negócio. Conformar a gestão do espaço aéreo aos interesses das grandes companhias de aviação.

Tudo é subjugado a este objectivo.

A fragmentação dos prestadores nacionais de serviços de navegação aérea corresponde a desmantelar estas empresas - que hoje funcionam assegurando elevados padrões de qualidade no seu desempenho - e a pôr em causa essa qualidade, assim como toda a cadeia de segurança.

Pôr em causa milhares de postos de trabalho, em particular nos países periféricos.

Pôr em causa a soberania de cada Estado sobre o seu espaço aéreo - uma área onde os tratados não atribuem competências à União.

Emprego, segurança, sustentabilidade ambiental, eficiência de rotas - é no quadro da propriedade e gestão públicas deste sector, e não no da sua liberalização, que todas estas preocupações podem e devem ser equacionadas.

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