Este relatório parte de uma realidade incontornável: em 2012, as políticas de austeridade decididas pela UE estão em prática e três países da UE estão sob intervenção da troika: Grécia, Irlanda, Portugal.
As consequências aí estão: há mais 2.145 milhões de pessoas no desemprego na UE, relativamente a 2011; o risco de pobreza era de 26% para as mulheres e de 23,9% para os homens; existiam 25,4 milhões de crianças em risco de pobreza ou exclusão social; a taxa de desemprego no sul e na periferia da zona euro atingiu uma média de 17,3%; a pobreza aumentou em dois terços dos Estados-Membros.
Perante estas políticas geradoras de desigualdade de género, propusemos a urgência da mudança de políticas, nomeadamente, a promoção do direito ao trabalho com direitos; a eliminação das discriminações salariais, o direito a serem trabalhadoras e mães sem penalizações; a valorização dos salários e das pensões; a garantia de uma adequada protecção social no desemprego, doença, maternidade-paternidade, invalidez e velhice; a igualdade de acesso de todas as mulheres a serviços públicos de saúde, gratuitos e com qualidade; prevenção das causas e factores da pobreza e exclusão social.. O PPE decidiu rejeitar este relatório, expondo a sua matriz conservadora em relação ao papel das mulheres na sociedade.