Intervenção de

Hospital do Seixal,<br />Intervenção de Francisco Lopes <span class="doc"><span class="titulo1"><span class="titulo2">(sessão de perguntas ao Governo)

Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, Esta questão do hospital do Seixal tem uma grande urgência, porque é necessário avançar rapidamente para a construção deste hospi-tal que sirva as populações dos concelhos de Sesimbra e do Seixal. Isto mesmo já foi assinalado pelo PCP, num projecto de resolução apresentado na Assembleia da República, numa petição com mais de 65 000 assinaturas, em diligências da Câmara Municipal do Seixal e também já foi exposto num relatório da Sub-Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, no qual se apontava a necessidade da construção deste novo hospital. Acresce, Sr. Ministro, que há a informação de que, quando se deslocou ao distrito de Setúbal, o senhor assumiu o compromisso de avançar com a construção deste hospital, tendo dito que foi constituída uma comissão técnica para prosseguir e aprofundar os estudos nesta matéria, e também assumiu o compromis-so de que seriam ouvidas as associações de utentes. Ora, já se passaram dois meses e não houve qual-quer contacto. Portanto, o que se verifica é um deslizamento de todo este projecto. O que o Sr. Ministro hoje veio aqui afirmar lança a dúvida. E eu não quero crer que, depois de ter criado expectativas e de ter assumido o compromisso com a população do Seixal quanto a avançar com a cons-trução deste hospital, venha agora abrir caminho para que o projecto não se concretize. Não quero acredi-tar que tal vá verificar-se, pelo que é importante que nos dê uma resposta clara. Queremos uma resposta clara, porque há muito tempo que o Hospital Garcia de Orta esgotou a sua capacidade de resposta. Cada mês que passa é um problema. Sabe-se que a construção de um novo hospital demora muitos anos. Ora, há anos que o Hospital Garcia de Orta não dá resposta às necessidades da população. Pergunto: quanto tempo mais vai ser preciso esperar? Quantas mais situações de ruptura vão ter de se verificar? É altura de clarificar a situação, o que signi-fica dizer quando é que arranca a construção do hospital e também se vão ou não ser inscritas verbas no próximo Orçamento do Estado para que o hospital vá por diante. A este propósito, colocamos também a questão da rede global de saúde, dos centros de saúde e da fal-ta de médicos de família. Nesta matéria, que o Sr. Ministro já aqui abordou, importa perguntar: quais são as respostas do Gover-no? Que respostas vai dar, para além da questão do hospital, ao problema da falta de médicos de família?

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