A manifestação de hoje e a mobilização que ocorreu, tanto em Lisboa quanto no Porto, e que saudamos, demonstra que os jovens trabalhadores não estão à espera nem dos governos nem das maiorias na Assembleia da República para lutarem pelos seus direitos, para exigirem melhorias nas suas condições de trabalho, nas suas condições de vida e nas suas perspectivas de futuro.

A solidariedade do PCP, hoje, com a sua presença nesta acção, associa-se à iniciativa e à acção política que realizamos ontem mesmo na Assembleia da República, com a apresentação de algumas iniciativas legislativas que correspondem a algumas das reivindicações dos jovens.

Propostas para o aumento geral dos salários, assim como o aumento do salário mínimo; propostas para acabar com a caducidade da contratação colectiva; propostas destinadas a resolver os problemas da saúde, da habitação e da educação.

São soluções para problemas muito amplos que afectam os jovens portugueses, incluindo os jovens trabalhadores, e, portanto, expressamos solidariedade com iniciativas e acções políticas concretas para que esses problemas sejam resolvidos.

Naturalmente, esta correspondência está ligada a problemas que são profundamente sentidos.

Hoje, há muitas razões para os jovens portugueses lutarem, tanto na resposta às questões laborais quanto na resposta aos problemas sociais - da educação, da saúde, da habitação - que se manifestam em várias outras dimensões da vida nacional.

Mas também na luta por uma política alternativa que ofereça uma resposta mais ampla aos problemas da vida quotidiana de milhões de jovens em Portugal e daqueles que foram empurrados para o estrangeiro e que desejam encontrar perspectivas no seu país para poderem regressar.