Festa de Maio com forte apelo de luta

Muitos milhares de pessoas participaram nas comemorações do 1.º de Maio, promovidas pela CGTP-IN, com dezenas de iniciativas em 45 localidades. Neste Dia Internacional dos Trabalhadores, a central apelou ao reforço da organização e da unidade na acção e anunciou duas grandes manifestações, a 19 de Maio, contra a ingerência da UE e do FMI.

Este 1.º de Maio ficou marcado pelo apelo a que os motivos que justificam a luta dos trabalhadores tenham sequência nas opções eleitorais, a 5 de Junho, e também pela condenação dos patrões dos hipermercados, especialmente dos grupos Sonae e Jerónimo Martins, que tentaram romper a tradição para abrirem as lojas neste simbólico feriado.

Em Lisboa, a manifestação subiu a Avenida Almirante Reis, molhada por um aguaceiro que acabou por dar especial vigor às palavras de ordem gritadas durante o percurso, por milhares de trabalhadoras e trabalhadores dos mais diversos sectores, saudados e aplaudidos por quem se abrigava nos vãos dos prédios. «Não queremos aqui o FMI», «FMI nem na Grécia nem aqui», «CGTP unidade sindical», «É preciso, é urgente, uma política diferente», «Maio está na rua, a luta continua», «O País não se endireita com políticas de direita», «O voto é uma arma, quem trabalha não desarma», «É mesmo necessário o aumento do salário» foram algumas das palavras de ordem ouvidas na manifestação e no comício sindical, na Alameda D. Afonso Henriques, onde interveio o Secretário-geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva, num palco encimado pelas mensagens que a CGTP-IN mais valorizou: «Lutar, votar, para mudar de política», «Contra o roubo da UE/FMI» e «Emprego, salários,direitos».

A par da mobilização de muitos outros comunistas e simpatizantes do Partido, a solidariedade e o apoio activo do PCP aos objectivos do movimento sindical unitário foram expressos por uma delegação oficial, que integrou o Secretário-geral, Jerónimo de Sousa, e alguns outros dirigentes e deputados.

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