Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Governo não tem respostas - Desemprego dispara outra vez!

Os números hoje divulgados sobre o desemprego em Portugal, com um registo histórico de 9,8% de desempregados em sentido restrito, isto é, mais de 547 mil desempregados, constituem uma inequívoca confirmação de que, ao contrário do que diz a propaganda do Governo PS, a situação  continua a agravar-se e o país está longe de sair da profunda crise em que se encontra.

Se ao número de desempregados em sentido restrito, lhe adicionarmos os chamados “inactivos disponíveis”, ficaremos com uma noção bem mais real da verdadeira dimensão desta catástrofe social com um número de desempregados situado nos 12,3%, isto é, 696.000 desempregados.

Para o PCP a realidade demonstra que a política geral e as medidas tomadas pelo Governo PS nos últimos meses, não só se revelaram incapazes de conter o crescimento do desemprego, como foram e são elas próprias um factor de agravamento da situação, como demonstram os mais de 178 mil empregos perdidos ao longo do último ano (3º trimestre de 2008 e 3º trimestre de 2009).

Este aumento descontrolado do número de desempregados torna ainda mais evidente o quanto necessário é o alargamento dos critérios de atribuição do subsídio de desemprego que tantas vezes o PCP tem proposto, e que tantas vezes o PS tem negado. Um aumento que não deixa dúvidas quanto à errada opção que constituiu o apoio prioritário dado pelo Governo PS à Banca e aos grupos financeiros, que continuam a viver com lucros escandalosos (5 milhões de euros de lucros diários na banca), em detrimento do apoio aos sectores produtivos e do apoio social aos desempregados.  

Face a estes números do desemprego o PCP reafirma que não há saída para o actual quadro de crise económica e social em que o país se encontra, mantendo a mesma política de direita que o Governo PS quer prosseguir.  A vida está a confirmar que só uma ruptura e uma mudança de políticas que inscreva como questão decisiva para o combate à crise e para o desenvolvimento do país, a defesa da produção nacional, o reforço do investimento público,  o efectivo apoio às pequenas empresas, a elevação dos direitos dos trabalhadores poderá romper com este processo de declínio nacional e de agravamento das condições de vida da população.

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