Os Fundos de Capital de Risco proporcionam financiamento a empresas, em geral de muito pequena dimensão, que se "encontram nas fases iniciais do seu desenvolvimento e que dão mostras de um forte potencial de crescimento e expansão". Esta iniciativa não se destina a PME já instaladas mas apenas àquelas que os detentores do capital financeiro considerem ter um potencial de crescimento e gerem a taxa de lucro desejada.
Esta medida dita de apoio é extremamente limitada. O contínuo encerramento de PME tem consequências económicas e sociais em termos de emprego, de produção e de custos acrescidos para os Estados em matéria de segurança social. A banca comercial continua a não fornecer crédito às PME, apesar de ter acesso a linhas de crédito do BCE a uma taxa de juro extremamente baixa, sem que os Estados intervenham para contrariar esta situação. Os monopólios de sectores fundamentais como a energia e telecomunicações continuam a impor preços incomportáveis para as PME. Em países como Portugal, continuam a ser imposta uma carga fiscal brutal e incomportável para muitas delas. Enquanto estes problemas não forem resolvidos, qualquer medida de alcance limitado - como é o caso desta -, apesar de aparentemente positiva, será apenas um paliativo.