Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

A formação profissional tem de promover a valorização profissional e salarial

Estamos aqui a falar sobre a promoção da formação profissional em razão de uma crescente procura por parte das empresas para uma chamada “indústria 4.0”, que se traduz em trabalhos com elevadas exigências digitais.
Preocupa-nos que a formação profissional possa ser uma forma de escamotear os reais números do desemprego, não promovendo o emprego com direitos.
Que possa ser uma forma de “ocupar” quem quer trabalhar mas que no final, em vez de um emprego com direitos, conseguirá, na melhor das hipóteses, um estágio.
Reconhecemos o valor da formação profissional no reforço e atualização de competências.
Defendemos igualmente que esteja ao serviço da valorização profissional e salarial e da progressão nas carreiras.
Uma palavra de solidariedade com os trabalhadores da refinaria de Matosinhos que, devido ao encerramento da mesma, estão há mais de dois anos no desemprego, aguardando a formação profissional que lhe abriria portas para um emprego, no mínimo, com as mesmas condições, mas que não aconteceu. Em nome de uma transição que de justa tem muito pouco e deixa trabalhadoras para trás.

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