Pergunta ao Governo N.º 1151/XII/1

Falta de médicos no Centro de Saúde do Montijo, Concelho do Montijo, Distrito de Setúbal

Falta de médicos no Centro de Saúde do Montijo, Concelho do Montijo, Distrito de Setúbal

No final de Setembro saíram alguns médicos do Centro de Saúde do Montijo, contratados por
empresas de trabalho temporário, para suprir necessidades de médicos de família. O PCP
sempre manifestou o seu desacordo à contratação de médicos através de empresas de trabalho
temporário, no entanto, a saída destes médicos tem consequências negativas na saúde da
população do Montijo. Defendemos a contratação dos profissionais de saúde em falta,
integrados numa carreira da Administração Pública, que respeite os seus direitos.
Esta situação é consequência directa dos cortes cegos na saúde impostos pelo Governo. Para
este Governo não interessa a melhoria dos cuidados de saúde prestados, o que importa é
reduzir custos, independentemente das suas consequências. Para o Governo, a saúde não é
um investimento no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas, mas um custo que urge
reduzir a todo o custo, colocando mesmo em causa o direito à saúde.
No passado dia 21 de Outubro a população e a Comissão de Utentes de Saúde saíram à rua,
para lutar pelo direito à saúde, pela colocação dos médicos de família em falta no Centro de
Saúde do Montijo, contra o encerramento do serviço de observação da urgência do Hospital do
Montijo e pelo reforço da capacidade de resposta do Hospital do Montijo.
Ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo, que por
intermédio do Ministério da Saúde, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. Quais os motivos que levaram à saída dos médicos do Centro de Saúde do Montijo? O
Governo avaliou as consequências desta decisão do ponto de vista da saúde dos utentes ou
trata-se de uma medida economicista?
2. Que medidas pretende o Governo tomar para assegurar à população do Montijo os cuidados
de saúde a que tem direito?
3. Está previsto o reforço de médicos de família, com vínculo à função pública? Para quando?

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