Pergunta Escrita à Comissão Europeia de Miguel Viegas no Parlamento Europeu

Exportações de pelletes para o norte da Europa

Muitas centrais de produção de energia elétrica a carvão estão a reconverter a sua produção apostando na biomassa. Tal é o caso por exemplo, da central de Drax, no norte de Inglaterra. Em função desta reorientação, tem havida uma forte pressão no mercado de pelletes, com exportações massivas de países do sul como Portugal para o norte da Europa e em particular para o Reino Unido. Com este expediente, as centrais elétricas conseguem obter certificados de redução de CO2.
Sucede que existem estudos que colocam em causa a certificação de redução de CO2 quando a biomassa viaja mais que 40 km para uma central de produção de energia. Assim, a peugada de carbono destes pelletes até ao norte da Europa poderá ser superior à queima do carvão Acresce a isto que, com esta pressão, as florestas a sul da Europa possam ficar mais despidas, contribuindo para a desertificação das regiões do interior já fortemente deprimidas social e economicamente.
Pergunto à Comissão Europeia que avaliação faz desta situação e se existem mecanismos que possam condicionar a obtenção de certificados de redução de CO2 às distâncias entre o local de extração da biomassa e a central de produção energética.

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