Declaração de voto de Pedro Guerreiro no Parlamento Europeu

Estatuto e financiamento dos partidos políticos a nível europeu - Declaração de voto de Pedro Guerreiro no PE

A par da tentativa de imposição do conteúdo essencial de uma proposta
de tratado já rejeitada, chame-se "constitucional", "mini",
"simplificado" ou "reformador", as instituições supranacionais da UE
continuam a promover a criação artificial de uma dita "opinião pública
europeia".

Aliás, recorde-se, tal preocupação ganhou laivos de cruzada após a
rejeição da dita "constituição europeia" pelos povos francês e
holandês, deitando-se mão a todos os instrumentos disponíveis -
incluindo os denominados "partidos políticos europeus" e, agora, das
suas fundações políticas -, para a promover a dita "formação de uma
consciência europeia".

Como refere a Presidência portuguesa, o envolvimento de "todos os
nossos cidadãos neste processo fascinante da construção europeia" é a
"verdadeira substância", a "verdadeira causa", o "verdadeiro tema".
Pelo que se deverá colocar a questão do porquê de apesar de tanto ânimo
se estar a procurar evitar a realização de referendos ao tratado
europeu.

Mas não é isso o que querem as forças dominantes desta UE, o que
pretendem agora, entre outros aspectos, é que as dotações provenientes
do orçamento comunitário possam ser utilizadas para financiar campanhas
dos ditos partidos políticos europeus no âmbito das eleições para o PE,
o que se poderá consubstanciar uma clara ingerência na vida política
interna e no funcionamento democrático de cada país.

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