Declaração escrita de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

O estado da União

O estado da União

Perante a mais grave crise das últimas décadas, para a qual contribuíram as políticas neoliberais da União Europeia, a Comissão insiste no aprofundamento da integração capitalista e neoliberal, salpicada com umas pinceladas de demagogia, que não beliscaram o essencial do poderoso sector financeiro.

Não basta afirmar que se cria uma taxa sobre as transacções financeiras, com uma taxa ridícula, se os paraísos fiscais continuam a florescer e os mercados de produtos derivados continuam a alimentar a especulação com as dívidas soberanas dos países de economias mais frágeis.

Mesmo a medida de aumento da taxa de co-financiamento para os países com os programas ditos de assistência financeira, que há anos reclamávamos, peca por tardia e, infelizmente, nem sequer significa um reforço do orçamento comunitário.
Ao insistir nas mesmas políticas neoliberais e as ditas políticas de austeridade, do reforço do PEC e da centralização do poder económico e político, o que teremos é o aprofundamento das assimetrias económicas e das desigualdades sociais, do desemprego e da pobreza, sem perspectivas de futuro para os cerca de 23% de jovens desempregados ou para as mais de 100 milhões de pessoas em risco de pobreza.

Por isso, apoiamos as lutas dos trabalhadores e das populações para a ruptura e a mudança que se impõem, como teremos no próximo Sábado, em Portugal, com as manifestações da CGTP.

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