Esclarecimento do PCP

O Gabinete de Imprensa do PCP está autorizado a exprimir a seguinte posição da direcção do PCP :

A direcção do PCP não altera a sua firme postura ética e de respeito por princípios partidários de não discutir na praça pública opiniões e reflexões de membros do partido que, tal como muitas outras, se integraram no conjunto de múltiplas opiniões transmitidas por militantes do Partido durante a primeira fase de preparação do XVI Congresso e então foram expressas no quadro da vida democrática interna do PCP.

A direcção do PCP anota entretanto que, se a livre expressão de opiniões, seja em reuniões do partido ou por carta aos organismos executivos, é um legitimo e inalienável direito dos militantes e dirigentes do Partido, já a divulgação pública de uma carta que tinha restritos destinatários e se supõe para eles ter sido exclusivamente escrita constitui um lamentável, condenável e inaceitável procedimento que em nada contribui para a serenidade do debate colectivo.

A direcção do PCP confia que os militantes do Partido compreenderão que o facto de a divulgação desta carta de há seis meses ser feita em vésperas da Festa do "Avante!" desvenda claramente uma tentativa de prejudicar o êxito da Festa e a intervenção e afirmação políticas do PCP.

4. Esclarece-se ainda que, no perfeito conhecimento de opiniões diversificadas dos seus membros (em que se incluem as de Carlos Brito), em duas reuniões sucessivas (a segunda das quais em data posterior à da carta em causa, que é de 10 de Março), o Comité Central do PCP adoptou orientações e propostas para a preparação do XVI Congresso consagradas em documentos que aí foram aprovados e são do domínio público. São esses documentos que exprimem a reflexão colectiva da direcção do PCP e, consequentemente, outras avaliações, juízos e apreciações que sejam emitidas são da pura responsabilidade individual de quem as profere.