No encontro tido com o governo sobre o Programa de Estabilização e no quadro do Orçamento Suplementar, o PCP reafirmou a necessidade de serem tomadas medidas urgentes e simultaneamente medidas de fundo para responder ao País.

No que se refere a medidas urgentes, o PCP sublinhou que, em primeiro lugar, é preciso proteger o emprego e os salários, assegurando o seu pagamento integral, assim com garantir resposta a todos os que se encontrem sem qualquer rendimento; que é necessário salvaguardar as milhares de micro, pequenas e médias empresas, assegurando medidas de apoio da parte do governo para a sua viabilidade; que é urgente o reforço do SNS - o instrumento mais seguro e duradouro de resposta ao surto epidémico.

O PCP lembrou que se confirmaram as suas preocupações em relação às debilidades estruturais do País. Que é preciso valorizar o trabalho e os trabalhadores, apoiar o tecido produtivo, particularmente as MPME e assegurar que o Estado assuma a sua responsabilidade em relação ao aparelho produtivo e à produção nacional. É urgente dar resposta aos défices estruturais do nosso País, como o défice agro-alimentar, como o défice demográfico, o défice energético. São precisas infra-estruturas capazes de corresponder a essa necessária produção nacional, para que paulatinamente se recupere a independência e soberania, pondo fim à dependência externa.

São necessárias medidas urgentes e simultaneamente medidas de fundo para que o país garanta uma vida melhor para quem trabalha, para quem vive da sua pequena empresa, para quem está mais vulnerável.

Para o PCP, o Orçamento Suplementar deve conter estas preocupações, aprendendo as lições que advêm deste surto epidémico, garantindo um país justo, solidário e simultaneamente de progresso e desenvolvimento, um país soberano.