A proposta da Comissão Europeia de criar um mecanismo de garantia de empréstimos para os estudantes de mestrados no Programa "Yes Europe - Erasmus para todos" tem levantado diversas dúvidas, uma vez que a proposta implica o endividamento do estudante e sua família ainda antes de este terminar o curso e começar a trabalhar. Esta situação é ainda agravada pelo momento em que muitos Estados-Membros se encontram, em profunda crise económica e social e com taxas de desemprego com níveis históricos, principalmente entre as camadas mais jovens.

Assim solicito à Comissão que me informe do seguinte:
1. Não considera que o programa Erasmus deveria ser democratizado ao ponto de não excluir do seu âmbito estudantes com frágeis condições financeiras, dando portanto a possibilidade desta experiência a qualquer aluno?
2. As bolsas atribuídas são por norma insuficientes tendo em conta as viagens, habitação e nível de vida nos países de acolhimento. Não seria lógico aumentar os valores disponibilizados em vez de tomar a opção de endividar os estudantes e famílias com empréstimos?
3. Quais as medidas previstas para auxiliar os alunos que no final dos estudos não encontram emprego, e portanto, não têm os meios financeiros e a estabilidade necessários para iniciar o pagamento da dívida contraída?