Os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável – 17 objectivos, que compreendem 169 metas e mais de 300 indicadores – fixados pelas Nações Unidas na Cimeira do Rio em 2012 justificam este debate.
Ele tem duas dimensões: a dos objectivos em si e a da postura da União Europeia perante esses objectivos.
Os objectivos vão da erradicação da pobreza à protecção dos ecossistemas, abarcando uma multiplicidade de áreas.
São, em geral, objectivos pertinentes e justos. Pese embora um certo enviesamento, patente, por exemplo, na sobrevalorização do papel do crescimento económico.
Já no que respeita ao papel da União Europeia, propaganda à parte, a consideração das suas orientações gerais e políticas sectoriais obriga à conclusão de que delas não advirá a sustentabilidade desejada, pelo contrário.
A sustentabilidade exige rupturas. Com o comércio livre e desregulado, com a generalização de modelos de produção intensiva, a desregulação do sector financeiro e a livre circulação de capitais, a erosão dos direitos sociais e laborais, com o ataque aos serviços públicos. Apenas para dar alguns exemplos.