A empresa MOLEX AUTOMOTIVE instalou-se em Santo Tirso, Portugal, em Setembro de 2000, como unidade de fabrico de cablagens para automóveis, pertencendo ao grupo CINCH (mesmo grupo da Valeo, outra multinacional do sector que deslocalizou uma das suas fábricas em Portugal, há cerca de dois anos). Foi comprada, há cerca de um ano, pelo grupo multinacional norte-americano MOLEX. Recentemente, a administração comunicou aos trabalhadores que a empresa procederá à deslocalização progressiva para a Eslováquia, até Abril do próximo ano. Vão sendo deslocalizadas máquinas e reduzidos os postos de trabalho correspondentes. A empresa tem 4 turnos, que lhe asseguram uma laboração contínua, e emprega cerca de 170 trabalhadores. Nunca teve, que se conheça, salários em atraso, nem falta de encomendas, nem qualquer problema que possa colocar em causa a viabilidade da empresa. Sabe-se que além de componentes para a indústria automóvel, a unidade de Santo Tirso fabrica também componentes para a indústria de aviação. Na comunicação social, (Jornal de Notícias de 05/05/05) o vice-presidente da MOLEX e o director geral afirmaram que "Os nossos produtos são mais rentáveis e reflectem melhor a liderança da Molex e a sua capacidade de prever as necessidades dos nossos clientes (...) Temos a certeza que nós temos o poder para alcançar os objectivos no ano fiscal de 2005". Mas insistem em se deslocalizar. Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:
- Houve financiamentos comunitários à Molex Automotive, em Portugal? E noutros países da União Europeia?
- Estão previstos financiamentos para sua deslocalização para a Eslováquia?
- Que medidas irão ser tomadas para apoiar a defesa do emprego, sabendo-se que nesta região o desemprego já atinge muitos milhares de trabalhadores, o que está a pôr em causa o seu desenvolvimento?
