Nota do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP ao PE

Deputados comunistas no PE defendem maior comparticipação comunitária do FEG mobilizado para Portugal

Deputados comunistas no PE defendem maior comparticipação comunitária do FEG mobilizado para Portugal

Esta quinta-feira, irá ser votada na mini-sessão plenária do PE, em Bruxelas, a mobilização do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), para apoiar (com um montante total de 2 336 100 Euros) a reintegração no mercado de trabalho de 726 trabalhadores despedidos em Portugal.

Estes despedimentos são resultantes do encerramento de três empresas do sector automóvel do Norte e Centro do país (Kromberg & Schubert Portugal, Lda., a Lear, e a Leoni Wiring, Systems Viana Lda.), o que agravou o desemprego nestas regiões. Esta situação é uma consequência das políticas estruturais da União Europeia e dos sucessivos governos portugueses, que promoveram o desmantelamento de componentes importantes do sector industrial do país, facilitando a vida das multinacionais que não assumem, assim, qualquer responsabilidade social. Lamentamos que a Comissão Europeia não tenha tomado todas as medidas necessárias para defender este emprego, como várias vezes propusemos.

A proposta de mobilização do FEG para Portugal foi, anteriormente, apreciada pelo Grupo de Trabalho do FEG da Comissão do Emprego e Assuntos Sociais do PE, da qual é membro a deputada do PCP, Ilda Figueiredo, a qual, mais uma vez, destacou a injustiça dos critérios de financiamento do FEG, designadamente a exigência de uma elevada taxa de co-financiamento aos Estados-Membros (35% do montante global previsto) o que dificulta a candidatura de países com condições financeiras mais frágeis.

Na votação do parecer da Comissão de Emprego e Assuntos Sociais, foi aprovada uma emenda, proposta pela deputada Ilda Figueiredo, que fazia referência à necessidade de aumento da taxa de co-financiamento do FEG, seguindo o exemplo do que ocorreu com o Fundo Social Europeu.

Insistimos na aplicação desta posição de aumento do co-financiamento do FEG sobretudo para os países em condições financeiras frágeis, como Portugal, de forma a garantir que a comparticipação nacional não ultrapasse os 5% do financiamento global previsto.

Insistimos numa verdadeira mudança de políticas, mais centrada nas pessoas, nos trabalhadores, na defesa do emprego e da produção nacional, com salários justos e melhores condições de vida para todos os que trabalham e vivem do rendimento do seu trabalho.

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