O deputado do PCP no Parlamento Europeu, João Ferreira, apresentou ontem na Comissão do Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar várias propostas de alteração à Directiva do Mel.

Nas suas propostas o deputado do PCP defendeu o direito dos consumidores à informação para o consumo de forma transparente e disponibilizada no rótulo em relação a uma eventual presença de pólen de Organismos Geneticamente Modificados (OGM)

Atendendo à necessidade de proceder à análise do produto previamente à sua rotulagem e ao custo acrescido que esta medida poderia significar para os apicultores, o deputado comunista propôs que o custo destas análises não seja imputado ao apicultor e que a União Europeia compense inteiramente os apicultores afectados com perda de rendimentos devido à contaminação do mel com OGM.

Quanto à rotulagem, defendeu a obrigatoriedade de mencionar o país de origem do mel ou, em caso de misturas de méis, serem referidas as percentagens de mel colhidas em cada país.

Como medida de fundo, João Ferreira propôs o impedimento da utilização de OGM nas zonas de produção tradicional de mel, garantindo um perímetro mínimo de segurança livre de OGM que evite a sua contaminação.

Estas propostas procuram traduzir algumas das mais importantes reivindicações deste sector e proteger este produto natural cujas características o tornam diferente da maioria dos alimentos, distinguindo-se pelas suas propriedades curativas, digestivas e energéticas, pela sua composição rica em substâncias indispensáveis ao organismo humano e pelo seu efeito benéfico no tratamento de vários problemas de saúde.