Pergunta Escrita de Pedro Guerreiro no Parlamento Europeu

Defender a produção e o emprego na Faianças Bordalo Pinheiro

A Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, situada nas Caldas da Rainha (Portugal), foi criada em 1922, na continuidade da Fábrica de Caldas da Rainha, fundada em 1884 por Rafael Bordalo Pinheiro. Ao longo de dezenas e dezenas de anos de actividade, as Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro foram reconhecidas pelo prestígio e qualidade da sua produção, sendo uma das mais antigas e conceituadas empresas de cerâmica do País.

Em consequência das políticas de liberalização do comércio e do "euro forte" promovidas pela União Europeia, a situação geral da indústria cerâmica, particularmente decorativa, tem vindo a degradar-se, levando ao encerramento de muitas empresas, nomeadamente em Portugal. Situação que se agravou com a acelerada contracção do mercado interno e a política de contínua desvalorização dos salários.

Confrontados com políticas que colocam em causa salários e o emprego, os trabalhadores - como os mais de 150 trabalhadores da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro -, tudo têm feito, incluindo enormes sacrifícios, em defesa da produção nas empresas e dos postos de trabalho.

Deste modo pergunto:

  • Quantas empresas e postos de trabalho foram destruídos nos diferentes países da União Europeia com a liberalização do comércio de produtos de cerâmica?
  • Que medidas pensa tomar em defesa da produção e do emprego na indústria cerâmica tradicional, da qual dependem muitos milhares de postos de trabalho?
  • Que instrumentos e meios financeiros podem ser disponibilizados para as micro, pequenas e médias empresas da cerâmica, que, como as Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, necessitam de apoio para garantir a produção e os postos de trabalho?
  • Que medidas prevê tomar para assegurar e promover o escoamento da produção comunitária ao nível do mercado interno na União Europeia?
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