Comunicado do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP ao PE

Declaração dos deputados do PCP rejeitando os intentos antidemocráticos na Venezuela e em defesa do direito do povo venezuelano a continuar o processo de profundas conquistas sociais

A oposição reaccionária tenta desestabilizar a Venezuela, mergulhando o país num ciclo de violência que já levou o Presidente legitimamente eleito, Nicolás Maduro, a considerar essas acções como um "golpe de Estado em curso".

As eleições presidenciais na Venezuela foram consideradas livres e justas e o seu vencedor foi reconhecido por várias organizações, nomeadamente a UNASUR, e por vários governos da região, incluindo alguns cuja simpatia para com a Revolução Bolivariana é inexistente. O sistema eleitoral venezuelano tem demonstrado ser um dos mais fiáveis e avançados do mundo. A auditoria dos resultados já realizada pela Comissão Nacional de Eleições da Venezuela reiterou os resultados anunciados, com um ligeiro aumento da votação do candidato vencedor, Nicolás Maduro.

O que está em curso na Venezuela é uma tentativa de violar a expressão democrática e soberana da vontade do seu povo. As declarações do candidato derrotado incitam ao carácter golpista e antidemocrático das acções violentas em curso que poderão, como algumas organizações venezuelanas têm vindo a denunciar, desembocar numa guerra civil. O ataque aos símbolos dos programas sociais do governo bolivariano e das conquistas da revolução como centros médicos, supermercados, programas de habitação social e até o assassinato de apoiantes da Revolução Bolivariana demonstram o carácter da dita oposição e até onde esta está disponível para ir. Várias sedes do Partido de Nicolás Maduro, PSUV, foram também atacadas, foram promovidos confrontos violentos, bloqueios nas ruas e incêndios em barricadas. A oposição venezuelana actua acicatada pelo imperialismo, a Organização de Estados Americanos, os EUA e Espanha teimam em não reconhecer os resultados e dessa forma dão cobertura e apoio às acções de desestabilização em curso.

A batalha que se trava na Venezuela é a do direito ao desenvolvimento, ao progresso, à justiça social, aos direitos democráticos e à soberania a que sempre se opuseram os sectores da oligarquia nacional aliados ao imperialismo. Os que se opõem à continuação e ao aprofundamento da Revolução Bolivariana são aqueles que historicamente beneficiaram das imensas riquezas naturais do país, nomeadamente o seu petróleo, e da exploração dos trabalhadores e do povo. São os mesmos que levaram a cabo outras intentonas, não desistindo de voltar a impor um sistema retrógrado, anti-democrático e alinhado com o imperialismo.

Os deputados do PCP ao Parlamento Europeu:

- Condenam as acções golpistas e antidemocráticas em curso, expressam a sua solidariedade com as famílias das vítimas dos actos golpistas.

- Apoiam o Presidente democraticamente eleito, Nicolás Maduro, e apelam à unidade de todos os democratas na defesa e no aprofundamento das imensas conquistas sociais da Revolução Bolivariana.

- Afirmam a sua solidariedade e compromisso para com a defesa da soberania e a legalidade constitucional da Venezuela, livres de qualquer ingerência externa.

- Denunciam as tentativas de ingerência externa e de desestabilização em curso para pôr em causa a vontade soberana do povo venezuelano, tentando enfeudar este país, o seu povo e as suas imensas riquezas naturais, nomeadamente o petróleo, aos interesses das grandes transnacionais e da oligarquia venezuelana.

- Reiteram a confiança no povo venezuelano, certos de que saberá honrar o legado de Hugo Chavéz, e em unidade, dar seguimento ao processo de transformação social e ao objectivo reafirmado de construção de uma sociedade socialista.

- Expressam a sua solidariedade com todas as forças empenhadas no processo progressista e revolucionário venezuelano.
 

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