Este relatório tem o lado positivo de nos permitir denunciar a dimensão e a abrangência dos programas de espionagem das "agências de informação" das maiores potências capitalistas, particularmente da NSA dos Estados Unidos. São de salientar as referências aos programas "que permitem vigiar em larga escala os cidadãos da UE através do acesso directo aos servidores centrais das principais empresas de Internet norte-americanas, analisar conteúdos e metadados, contornar a encriptação em linha e aceder a redes informáticas e telefónicas e a dados de localização, bem como a sistemas da agência de informação do Reino Unido GCHQ, tais como a sua actividade de vigilância a montante, o programa de descodificação, os ataques «intrusos» direccionados aos sistemas de informação e a recolha e a conservação de 200 milhões de mensagens de texto por dia. A contradição deste relatório é que perante a violação de Direitos Humanos Fundamentais, dos direitos e liberdades democráticas, a maioria do PE considera que existem "dúvidas sobre se estas acções são apenas motivadas pela luta contra o terrorismo". Mais, considera que esta postura indicia a "possível existência de outras motivações, incluindo a espionagem política e económica." Estas dúvidas deixam antever que tudo se manterá na mesma.