Declaração de voto de Pedro Guerreiro no Parlamento Europeu

Cooperação reforçada entre a União Europeia e a América Latina

Apesar das modificações de cosmética, introduzidas "à última hora", e da inclusão de aspectos que obviamente partilhamos, a presente resolução é esclarecedora quanto às reais intenções da UE quanto à sua denominada "cooperação" com os países da América Latina.

Para além de muitos outros aspectos dignos de critica e da nossa rejeição, será de salientar:

- A utilização dos processos ditos de "integração" (sempre à imagem da UE) como instrumento para promover a integração capitalista e a liberalização das trocas comerciais, em prol dos interesses das grandes potências e dos grandes grupos económico-financeiros;

- A criação de zonas de comércio livre (o mais amplas possível), com base em acordos bilaterais ou multilaterais, procurando conseguir um nível de liberalização do comércio que, até ao momento, não foi possível impor na OMC;

- A criação de um denominado "centro bi-regional de prevenção de conflitos", como meio para alicerçar a ingerência da UE na América Latina (e não o contrário);

- E, em indigna coerência, a total ausência da denúncia ou crítica relativamente ao criminoso bloqueio a Cuba e às leis extra-territoriais dos EUA contra este país.

Uma resolução oposta ao afirmado na declaração dos deputados progressistas da Europa e da América Latina, de Bregrenz.

Daí o nosso vosso contra!

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