Esta Resolução torna evidente a verdadeira natureza da "Estratégia de
Lisboa" - agenda do patronato e dos grandes grupos financeiros e
económicos a nível europeu - o que  foi reforçado com a revisão da
Estratégia, em 2005, e o lançamento dos programa nacionais de reforma
em todos os Estados-membros para forçar as ditas reformas estruturais,
visando a flexibilização das relações de trabalho, a desregulamentação
dos mercados, a liberalização dos serviços, a mercantilização da
educação e investigação e a privatização da segurança social. Atingida
a liberalização dos serviços, a Estratégia visa, agora, as relações
laborais com a dita "flexi-segurança", a desregulamentação total e a
liberalização dos despedimentos sem justa causa.
Registe-se o desaparecimento das preocupações e objectivos no domínio
social, que anteriormente serviram para ajudar a dissimular o
verdadeiro carácter da Agenda de Lisboa.
Na verdade, desde 2000, a realidade na União Europeia pós-Estratégia e
pós-Euro, tem sido de lento crescimento económico e do emprego, de
agravamento da precariedade laboral, da pobreza, da exclusão social,
das desigualdades de rendimento e de manutenção de elevados níveis de
desemprego.
Por isso, é necessária uma ruptura com as actuais políticas da UE.