Declaração de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

Contacto com as trabalhadoras da Huber Tricôt

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Nós estamos aqui hoje na Huber Tricôt neste contato com estas trabalhadoras do sector têxtil, vestuário e calçado. Umas trabalhadoras que têm tido uma presença na luta e na luta pelos seus direitos, de grande determinação e de grande confiança. Estão exigir aquilo que é fundamental e que é uma exigência de todos os trabalhadores, que é o aumento dos salários, a melhores condições de trabalho e que cada passo que dão nesse sentido, estão as suas condições de vida, mas também a combater a injustiça, uma injustiça que se alastra no país. Ainda há pouco dizia, durante esta hora de almoço, os grandes grupos económicos estão a sacar no seu bolso 850.000 €. É preciso dar resposta a isto, é preciso combater isto. 

E viemos aqui mostrar essa solidariedade com estas trabalhadoras, com a luta delas. Uma luta que já conquistou aumentos de salários, já conquistou direitos, nomeadamente no pagamento de subsídio de refeição. 

Estas trabalhadoras têm de ser valorizadas porque são elas que produzem a riqueza. Se nós temos a nossa roupa vestida, se temos o nosso calçado calçado, isto não cai do céu. Quem faz isto tudo são estas trabalhadoras e trabalhadores deste sector.

É uma luta que vale a pena noutras empresas do sector e noutros sectores. E é uma luta que obrigou o Governo a ter que tomar medidas, embora medidas limitadas e insuficientes. Desde logo nas questões da alimentação, como vimos agora com o chamado IVA zero, que na prática é um IVA “Zero de efeito”, porque aquilo não tem efeito nenhum na vida das pessoas. As medidas na habitação, também elas insuficientes, limitadas e que não atacam o fundamental do que é preciso atacar, que são os lucros da banca e dos fundos imobiliários. Quer agora nas questões do aumento das pensões, limitado, muito insuficiente, atrasado quando o que se impõe é um aumento intercalar imediato, de 9,1%, como nós propusemos, no mínimo 60 € mensais para todos os reformados. 

Mas mesmo estas medidas (atrasadas, insuficientes, limitadas) só foram possíveis porque as pessoas saíram à rua, porque as pessoas se organizaram e lutaram. E é isso que queriamos sublinhar hoje também com estas trabalhadoras da Huber Tricôt.

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