As conclusões do Conselho Europeu, embrulhadas em novas doses de propaganda sobre o “crescimento e emprego”, não iludem a dura e crua realidade dos factos.
Olhemos para as medidas sobre o desemprego jovem. Propostas:
• 6 mil milhões de euros, que não sabemos de onde vêm e para onde vão. Mas sabemos que a OIT admitiu serem necessários pelo menos 21 mil milhões de euros para que um programa de promoção de emprego pudesse ter algum impacto.
• Subvenções salariais e promoção da mobilidade laboral transfronteiras – ou seja, o orçamento comunitário a financiar directamente a precariedade laboral e a fuga de cérebros da periferia para o centro.
• Redução dos custos não salariais do trabalho – Ou seja, descapitalizar ainda mais os sistemas públicos de segurança social e aumentar os lucros do patronato, sem nenhum efeito prático na criação de emprego, que só crescerá com o crescimento da procura, o que só acontecerá com a melhoria dos salários, que estão a ser esmagados.
Em suma, nada de novo. Tudo velho, tudo muito velho.