Intervenção de Rui Braga, membro do Comité Central, Comício comemorativo do 94º aniversário do PCP

Comemorar o aniversário do PCP é igualmente assinalar a luta contra a ofensiva do grande capital protagonizada por PSD, PS e CDS-PP

Comemorar o aniversário do PCP é igualmente assinalar a luta contra a ofensiva do grande capital protagonizada por PSD, PS e CDS-PP

Comemoramos hoje o 94º aniversário do PCP – Partido Comunista Português – O Partido da classe operária e de todos os trabalhadores.

94 anos de um Partido que é indissociável da luta, das conquistas e da defesa dos direitos dos trabalhadores e das populações, incontornável na história da resistência ao fascismo, da Revolução de Abril, na luta e defesa da liberdade e da democracia em Portugal.

94 anos de um Partido que demonstra uma força e uma capacidade inigualável no plano político nacional. Que se afirma como a grande e única força verdadeiramente impulsionadora da alternativa à política de direita que se tem abatido sobre Portugal nos últimos 38 anos.

Comemorar o aniversário do PCP é igualmente assinalar o papel por ele desempenhado na luta contra a ofensiva do grande capital protagonizada por PSD, PS e CDS-PP.

É neste quadro político e social complexo, na resistência e na luta contra esta ofensiva que a Organização Regional de Lisboa do Partido esteve e esta envolvida.

Foram muitas as tarefas a que fomos chamados a responder, resultantes da actividade geral do partido na actual situação politica e social.

De entre elas, destacar o papel dos militantes comunistas nas muitas acções de massas convocadas pelo Movimento Sindical Unitário, pela CGTP-IN, a grande central sindical dos trabalhadores portugueses e nas acções de luta das várias camadas da população em defesa dos seus direitos, dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.

Na luta da classe operária e de todos os trabalhadores por aumentos salariais, contra a retirada de direitos, na defesa dos postos de trabalho, contra a privatização das empresas.

No distrito de Lisboa, assim como no resto do País, milhares de trabalhadores dos mais diversos sectores têm estado em luta.

Pela resistência e coragem demonstradas, pelo grau de unidade, coesão e determinação queremos destacar a luta dos trabalhadores na Industria, nos Transportes, nas Comunicações, na Administração Pública Central, Regional e Local, na Educação, na Saúde, no Comércio e nos Serviços, entre outros.

Mas destacar também a luta dos reformados contra o roubo nas pensões e reformas, das populações em defesa do Serviço Nacional de Saúde, da Educação por um ensino público e de qualidade, por melhores transportes e acessibilidades.

Uma luta que travamos num quadro complexo, difícil, mas cheio de potencialidades.

Uma luta que continua já amanhã na Manifestação promovida pela CGTP-IN, e que decorrerá a partir das 15h00 do Campo das Cebolas para os Restauradores, no 08 de Março – Dia Internacional da Mulher –, na Greve dos trabalhadores da Administração Pública a 13 de Março, na Manifestação Nacional da Juventude Trabalhadora a 28 de Março – Dia Mundial da Juventude –, nas comemorações populares do 41º aniversário do 25 de Abril, no 1º de Maio, dia Internacional do Trabalhador, quando se assinalam 125 anos de comemoração desta jornada maior da luta dos trabalhadores.

Uma luta que travamos e iremos continuar a travar lá junto dos trabalhadores e do povo, onde estamos e gostamos de estar, convergindo com outros democratas e patriotas, na construção da alternativa política e da política alternativa, patriótica e de esquerda que propomos para o País.

Uma luta que travamos ao mesmo tempo que cuidamos da Organização do nosso Partido.

A acção de contacto com os membros do Partido, iniciada há um ano atrás, revelou-se um importante instrumento do nosso trabalho de reforço orgânico. No decorrer desta tarefa, constatámos que houve um conjunto significativo de militantes que, durante anos não tiveram qualquer contacto organizado com o Partido, com todas as consequências negativas desta situação no plano político, orgânico e financeiro.

No distrito de Lisboa, temos hoje cerca de 75% da Organização já contactada. Valorizando muito o trabalho realizado, importa, sem hesitações e o mais rápido possível, levarmos até ao fim a acção em curso, tomando as medidas de quadros e de direcção adequadas a cada situação.

Camaradas, tendo nós hoje um melhor conhecimento da realidade concreta da Organização, sabendo quantos são, quem são e onde estão os militantes do Partido, importa desde já, até para evitarmos a repetição de situações ocorridas no passado, garantir o contacto regular com todos os militantes do Partido, assegurando que cada um deles saberá com quem e como contactar sempre que queira fazê-lo.

Ao mesmo tempo saudamos todos aqueles que aderiram ao PCP no âmbito da campanha de recrutamento “Os valores de Abril no futuro de Portugal” e apelamos para que muitos mais adiram ao nosso Partido, para que juntem a sua à nossa voz, para um PCP mais forte.

Num outro plano, e procurando concretizar uma velha ambição de todo o colectivo partidário, iniciou-se em Outubro de 2014 a Campanha Nacional de Fundos “Mais espaço, mais Festa. Futuro com Abril” para a compra da Quinta do Cabo.

Esta campanha, que se prolongará até ao limiar da 40ª edição da Festa do Avante, em 2016, esta a ter uma grande aceitação por parte de toda a Organização, assim como por parte de amigos do Partido e da Festa.

O trabalho já realizado dá-nos duas indicações muito importantes.

Está ao nosso alcance realizar com êxito esta importante tarefa e atingirmos os objectivos definidos.

Para o conseguirmos, é necessário, é urgente alargar o número de compromissos a concretizar até ao final da campanha.

Camaradas avançamos assim para o êxito actual e futuro da Festa do Avante!

A festa de Abril, do povo e da juventude, a maior e mais importante realização político-cultural e de massas no nosso País. Já agora camaradas, e porque falamos da Festa do Avante! informamos que a Entrada Permanente, a EP, já se encontra à venda.

Articulando o desenvolvimento da luta de massas com o trabalho de organização e reforço orgânico do nosso Partido, ainda no decorrer do presente ano, seremos chamados a dar a nossa contribuição para as Eleições Legislativas.

Partindo da realidade concreta, ligando os problemas dos trabalhadores e das populações, deveremos construir uma campanha de contacto directo, ouvindo, esclarecendo, envolvendo e mobilizando, mas também projectando os valores e a acção distintiva da CDU – Coligação Democrática Unitária PCP-PEV – e dos seus eleitos assente no Trabalho, Honestidade e Competência que se constituem como elementos fundamentais para a construção dos resultados a alcançar.

A conjugação de todas estas tarefas, a par da realização da 8ª Assembleia da Organização Regional que se realiza no próximo dia 18 de Abril com o lema “Reforçar o Partido, avançar com a luta. Construir a alternativa patriótica e de esquerda” permite-nos olhar o futuro com confiança e esperança.

Permite-nos que de aqui lancemos o apelo, que venham, que se juntem a nós todos aqueles que já concluíram ser necessária a ruptura com a política de direita, que lutam por um governo patriótico e de esquerda, por uma democracia avançada, por um Portugal de futuro, pelo fim da exploração do Homem pelo Homem, por uma sociedade nova mais justa, mais fraterna, pelo Socialismo, pelo Comunismo.

Viva a luta dos Trabalhadores e dos Povos!
Viva o Partido Comunista Português!