Intervenção de Patrícia Machado , membro da Comissão Política do Comité Central, X Assembleia da Organização Regional de Castelo Branco

Com o PCP luta e confiança – um distrito com futuro

Com o PCP luta e confiança – um distrito com futuro

Camaradas e Amigos,

Em primeiro lugar uma forte e calorosa saudação a todos os militantes do Partido, da JCP que pelo vosso trabalho, empenho e militância contribuíram para a realização desta nossa X Assembleia da Organização Regional.

Uma saudação também aos amigos e convidados do Partido que estão hoje aqui connosco, partilhando a nossa vontade de contribuir com luta e confiança para um Distrito com futuro.

Camaradas e amigos,

A X Assembleia da Organização Regional, tem a importante tarefa que, nos responsabiliza a todos, de analisar a realidade com que o Distrito se confronta e de quem nele vive e trabalha; assim como de apontar caminhos para romper com o retrocesso a que temos sido sujeitos ao longo dos anos e ainda o eixo determinante, para construir uma politica alternativa patriótica e de esquerda que é o reforço da luta de massas e da organização do nosso Partido no Distrito.

Esta Assembleia que hoje realizamos foi construída ao longo dos últimos quatro meses pela Direcção do Paritdo no distrito, pelas organizações e os militantes na discussão, construção de propostas e definição das direcções de trabalho plasmadas no projecto de resolução politica que hoje se apresenta à discussão. Mais do que um documento de análise, ele constitui-se como um instrumento de trabalho para todos nós.

A situação do Distrito de Castelo Branco está necessariamente ligada às causas e consequências das políticas de direita seguidas ao longo dos últimos anos, quer no plano nacional, quer pelos constrangimentos externos decorrentes da submissão do País à UE. Ao longo dos últimos 3 anos foi ver o corrupio de ministros e secretários de Estado do PSD e CDS que vinham anunciar novos ventos e boas novas. A realidade porém desmente essa propaganda: Temos um Distrito cada vez mais envelhecido, mais distante devido à limitada e cara mobilidade e escassez de transportes ferroviário e rodoviário, mais pobre em serviços públicos, mais rico em emigração e desemprego que atingia em Fevereiro deste ano mais de 12 mil pessoas.

Onde os trabalhadores viram os seus direitos serem atingidos, assistindo ao ataque aos serviços públicos, à destruição do aparelho produtivo,ao aumento da exploração e dos vínculos precários.

Um Distrito onde os micro, pequenos empresários se confrontam com as dificuldades como o acesso ao crédito, a desigual concorrência das grandes superfícies, as consequências do baixo poder de compra. Uma região onde o potencial agrícola, floresta e industria extractiva não é potenciado e valorizado em toda a sua extensão. Uma realidade que vê os jovens formados na UBI e do IPCB saírem da região e até do país por falta de investimento na investigação e ausência de postos de trabalho que liguem o conhecimento e formação ao desenvolvimento regional.

Um distrito que transpira património cultural e ambiental, cultura e vontades de muitos criadores em diversas áreas que por grandes limitações no apoio à cultura e às artes fica aquém das suas imensas potencialidades.

Como afirma o lema da nossa Assembleia, com o PCP luta e confiança – um distrito com futuro, é nossa convicção que o Reforço do PCP, o seu papel determinante na luta por uma política alternativa patriótica e de esquerda, com os trabalhadores e o povo é possível um Distrito com futuro.

Com futuro porque tem todas essas riquezas desde logo pelas suas gentes, pelos sectores tradicionais que urge valorizar e modernizar, pelas suas enormes potencialidades agrícolas e florestais como os produtos horto- frutícolas, o queijo, o azeite, a vinha, ou ainda pelo conhecimento produzido.

Com futuro porque Castelo Branco é um Distrito de luta, de luta operária como a greve dos operários dos lanificios em 41 por melhores salários ou em 46 com mais de 10 mil operários na Covilhã sob intervenção da GNR. Ontem como hoje a luta foi e é determinante para fazer avançar a história, para o desenvolvimento, para recuperar e conquistar direitos dos trabalhadores, para defender a Constituição de Abril que este ano assinala o seu 40º aniversário, para defender serviços públicos como na saúde, educação e justiça.

Camaradas e amigos realizamos esta Assembleia numa nova fase da vida política nacional após a derrota do Governo PSD/CDS, resultado da intensa e determinante luta das massas ao longo dos últimos 4 anos mas também pelo papel decisivo deste Partido, o Partido Comunista Português que colocou de imediato a necessidade de não desperdiçar nenhuma oportunidade para ir ao encontro das justas aspirações e necessidades mais imediatas de um povo tão martirizado.

Foi essa janela de esperança que se abriu e que permitiu o alcance de algumas medidas positivas para os trabalhadores e para o povo com a consciência das limitações que derivam de um Governo do PS. A intervenção, acção e propostas do PCP têm contribuído para recuperação de direitos roubados, como os feriados, recuperação de salários, abrir caminho para a recuperação das 35h na Adm publica, e ainda o aumento do SMN.

Mas é necessário lutar para ir mais longe na recuperação de direitos, na defesa da contratação colectiva, na valorização dos salários e das pensões, no apoio à produção nacional. No distrito a luta das populações obrigou a baixar as portagens mas é necessário continuar até à sua abolição. Também a reposição de freguesias precisa ser alcançada, assim como a alteração ao mapa judiciário.

Quem não quer este caminho é o grande capital e os seus acólitos e tudo fazem pelos meios, formas e instrumentos ao seu serviço para silenciar a intervenção do PCP, desprezar a luta dos trabalhadores e das populações, com campanhas de mistificações e falsidades presentes na intensa ofensiva ideológica em curso.

Camaradas, está nas nossas mãos contribuir para o reforço da luta com a nossa intervenção e ligação às massas, está nas nossas mãos com o reforço do Partido, reforçando a capacidade de Direcção, elevando a militância, recrutando, integrando e responsabilizando, estruturando as organizações de base, intensificando a organização a partir das empresas e locais de trabalho, reforçando e defendendo a capacidade financeira do Partido, de que o êxito da CNF para a Quinta do Cabo é exemplo das potencialidades, elevando a consciência politica e ideológica, alargando a venda e difusão do avante e do militante.

Realizamos a X Assembleia no momento em que o Partido se envolve também na construção do XX Congresso do Partido que se realiza nos dias 2,3 e 4 de Dezembro em Almada. Uma construção colectiva enriquecida pela discussão e envolvimento de todo o Partido, onde com uma profunda ligação à vida e à realidade e integrando a luta e aspirações dos trabalhadores e do povo, damos resposta na nossa intensa acção e intervenção politicas, com uma inabalável confiança no futuro. O Congresso do Partido que projecta os valores e projecto do PCP junto os trabalhadores, dos democratas, da juventude, dos homens e mulheres também do Distrito e lhes dirige o apelo: juntem-se a nós na construção da politica patriótica e de esquerda, juntem-se a nós a democracia avançada – os valores de Abril no futuro de Portugal, pelo socialismo e o comunismo.

São estas múltiplas exigências, as muitas batalhas que temos pela frente a que conseguiremos responder certos que o êxito da nossa discussão, reflexão e orientações que hoje fazemos constituirão um importante contributo para o reforço da nossa acção, luta e organização.
Com o PCP, luta e confiança – um Distrito com Futuro

Viva a X AORCB
Viva a JCP
Viva o PCP