Numa recente visita ao centro de saúde de Castelo de Paiva pudemos constatar os impactos que o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), no passado dia 1 de Setembro, acarreta para a população daquele concelho.

Na verdade, e graças ao encerramento do SAP, a partir das 24 horas qualquer situação de urgência obriga a uma deslocação ou para Santa Maria da Feira ou para Penafiel.

Ora, qualquer uma destas deslocações implica um percurso sinuoso de mais de 40 minutos de viagem.

Tendo em conta que no concelho de Castelo de Paiva temos, além de uma população envelhecida com bastantes fragilidades sociais, uma elevada taxa de desemprego, facilmente se percebe as dificuldades que o encerramento do SAP implica.

Uma outra dificuldade prende-se com a falta de médico neste centro de saúde. Na verdade, hoje temos cerca de 7 mil utentes sem médico de família.

Além da falta de médico, também já se faz sentir a falta de enfermeiros dada à recente saída de enfermeiros.

Assim, ao abrigo da alínea d) do artigo 156º da Constituição e nos termos e para os efeitos do 229º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Ministério da Saúde o seguinte:
1.º Que conhecimento tem este Ministério quanto à situação acima descrita?
2.º Mediu este Ministério as totais consequências que o encerramento do SAP acarreta para o concelho de Castelo de Paiva?
3.º Tendo em conta o tempo e tipo de percurso, por que razão o Ministério não manteve em funcionamento do SAP?
4.º Que medidas vai tomar para colmatar a falta de médicos de família neste centro de saúde?
5.º Que medidas vai este Ministério tomar para reforçar o quadro de enfermeiros neste centro de saúde?