Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Cazaquistão

A União Europeia, com a sua natureza e prática imperialista, cultiva uma postura hipócrita em várias áreas, nomeadamente nas relações externas, adoptando muitas vezes posições que surgem da preponderância que é dada aos dividendos económicos e políticos que daí pode retirar, em detrimento de uma análise honesta de factos, da realidade concreta, da situação dos povos e dos trabalhadores. Rejeitamos essa deriva de permanentes tentativas de ingerência externa, que curiosamente não se aplica a países cujos Governos alinhem pelo mesmo diapasão.

Condenamos veementemente a brutal repressão sobre os direitos dos trabalhadores e contra a sua luta, nomeadamente com as alterações ao código laboral que viabilizam o despedimento de trabalhadores que façam greve, suprimindo também a restrição aplicável ao despedimento de sindicalistas no decurso de negociações durante o período de greve, a legalização dos "lock-outs" e a possibilidade dos tribunais declararem ilegais eventuais greves. No entanto distanciamo-nos da posição daqueles que procuram "demonizar" o Cazaquistão, ingerindo para criar as condições necessárias para a apropriação dos seus recursos naturais, em particular os hidrocarbonetos, pelas multinacionais, cuja adesão do país à OMC facilitará.

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