Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral, Tribuna Pública «Defender o SNS»

«Aqui estamos e não arredamos pé da defesa e reforço do Serviço Nacional de Saúde»

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A situação política nacional está em polvorosa.

Mas apesar disso tudo, a verdade é que a vida das pessoas, a vida real dos trabalhadores e do povo, continua apertada ao mesmo tempo que os lucros não param de aumentar, a verdade é que, para lá da crise política, o que se vive todos os dias é a crise e os problemas, as dificuldades, a falta de meios e de profissionais, nomeadamente médicos, no Serviço Nacional de Saúde.

A verdade é que aí estão todos os dias os utentes sem médico de família, as filas de espera, a falta de cuidados e dificuldades que profissionais e utentes enfrentam, é a tudo isto que é preciso responder e responder já.

Se estamos como estamos, se aqui chegamos, é da responsabilidade exclusiva do PS, responsabilidade pelas suas opções, responsabilidade pelo seu projecto de desmantelamento do SNS, e estando nós às portas de eleições antecipadas, é o momento de relembrar que há dois anos o PS recusou as soluções que apresentamos para reforçar o SNS, fixar e respeitar os seus profissionais. Em vez de soluções o PS quis eleições.

Se dúvidas houvessem, aqui está a demonstração evidente e cada vez mais clara para milhares e milhares de pessoas, é no reforço do PCP e da CDU que está a solução para as respostas necessárias.

É isto que a vida tem demonstrado, é esta a experiência vivida de cada vez mais gente.

Contem connosco, contem com o PCP, contem com a CDU, aqui estamos e não arredamos pé da defesa e reforço do Serviço Nacional de Saúde.

Este é um compromisso que vos deixo. 

Um compromisso com quem se desloca aos centros de saúde e que precisa de cuidados de saúde, de tratamentos, de medicamentos, de consultas.

Um compromisso com os que aqui vêm, muitas vezes em circunstâncias adversas, chuva, frio, calor, sol. 

Um compromisso pelo urgente reforço do Serviço Nacional de Saúde, para fixar técnicos, enfermeiros, médicos. 

Um compromisso com todas as pessoas que se sentem justamente injustiçadas e desagradadas. 

Um compromisso para manter e aprofundar uma questão central, a unidade entre utentes e profissionais, na defesa do SNS.

Um compromisso de dar combate ao desmantelamento do SNS, de dar combate ao escândalo que se prepara com a transferência de 8 mil milhões do Estado para o negócio da doença. 

O compromisso de salvar o SNS do negócio da doença. 

E estamos convencidos que, com o reforço do PCP e da CDU, com a luta determinada de utentes, profissionais, população, vai ser possível não só salvar o SNS do negócio da doença, mas acima de tudo garantir a prestação e os cuidados de saúde, consultas, tratamentos, acompanhamento médico, prevenção, mas também o respeito, a valorização e a fixação de profissionais.

Esta é uma luta que não pode abrandar, não tem abrandado, e daqui muito valorizamos o papel das comissões de utentes, dos profissionais e dos seus sindicatos de classe.