Comemorar em 2013 o chamado "Ano Europeu dos Cidadãos" é mais uma estratégia que a UE encontrou para tentar legitimar a ideia da UE enquanto espaço da democracia, da igualdade, da solidariedade e da participação cidadã quando, hoje, aos olhos da opinião pública e dos trabalhadores de diversos países, a União Europeia é percebida cada vez mais como o espaço das desigualdades, da exploração e escravização laboral, da retirada dos direitos que os povos conquistaram ao longo de séculos de luta. Sejamos honestos. A UE não é o espaço da livre circulação de pessoas - é antes o espaço da livre circulação de capitais e mercadorias ao serviços dos monopólios internacionais e hoje falar de livre circulação de pessoas é antes de mais falar da realidade de milhões de trabalhadores que não têm possibilidade de permanecer no seu país e são obrigados a procurar sustento para as suas famílias ao emigrarem. Tendo em conta que esta é a realidade difícil com que nos deparamos introduzimos enfaticamente no parecer da Comissão de Emprego e Assuntos Sociais a necessidade de defesa dos direitos dos trabalhadores em matéria de segurança social e dos direitos sindicais.