Chegou ao conhecimento do Grupo Parlamentar do PCP um conjunto de informações sobre o atendimento dos utentes do Hospital de São João, no Porto, que carecem de explicações.
De acordo com as informações que chegaram a este Grupo Parlamentar,
ocorreram um conjunto de alterações neste Hospital que prejudicam os utentes.
Na verdade, ao contrário do que era habitual, este Hospital passou a obrigar os utentes a deslocarem-se de propósito ao Hospital para fazerem o levantamento dos medicamentos, quando até aqui o presente acto era feito no fim da consulta.
Outra alteração, que já levou a queixas por parte dos utentes, diz respeito ao facto de existirem consultas, já marcadas há bastante tempo, que são desmarcadas e adiadas. Esta situação leva a que existam doentes que não são devidamente acompanhados por um médico.
A título de exemplo, foi referido a consulta de imunoalergologia onde existem utentes que não têm consulta há mais de 15 meses, existindo mesmo utentes que ainda não sabem quando terão nova consulta pois ela foi novamente cancelada.
De acordo com a informação que chegou a este Grupo Parlamentar, tais alterações devem-se à saída de médicos, por não renovação dos contratos, o que causa sérios prejuízos à qualidade do atendimento e prestação de cuidados de saúde.

Assim, ao abrigo da alínea d) do artigo 156º da Constituição e nos termos e para os efeitos do 229º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Ministério da Saúde o seguinte:
1.º Quais as razões que determinam estas alterações no atendimento aos utentes no Hospital São João?
2.º Que medidas este Ministério tomou, ou pretende tomar, para resolver os problemas acima descritos?