Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Agenda digital para o crescimento, a mobilidade e o emprego:passar a uma velocidade superior

A Agenda Digital baseia-se no mercado único digital "sem barreiras", e tem a intenção, de que discordamos, de combater o que chamam de mercado "fragmentado em mercados nacionais com fronteiras artificiais e que não possa ser considerado um mercado económico único no qual a concorrência seja incentivada". Este é o caminho não só da completa privatização do sector das Telecomunicações ou o que resta dele, como também se pretende a criação de um mercado das comunicações à escala da UE. Acompanhando o exacerbar dos mercados europeus em detrimento dos serviços públicos nacionais, estão aqui plasmadas as promessas falsas da diminuição dos preços ao consumidor, aspecto que já ficou desmascarado, nos mais diversos sectores de actividade.
Além do mais, consideramos que uma agenda digital de vanguarda rejeita qualquer mercantilização do conhecimento, da educação e da investigação. Por isso, não aceitamos que os objectivos positivos do relatório - como o justo reconhecimento da falta de financiamento no QFP 2014-2020 - sejam descaracterizados pelas ambiguidades e variações do mercado único europeu.

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