A escassez e o progressivo esgotamento dos combustíveis fósseis tornam cada vez mais complexas, dispendiosas e arriscadas as actividades de extracção desses recursos.
Os impactos destas actividades – no plano ambiental, económico e social – são profundos, devem ser crescentemente acautelados e aconselham um amplo debate sobre a enorme dependência face a esta fonte primária de energia, sobre a necessária redução e racionalização dos consumos energéticos e sobre a gestão parcimoniosa dos recursos fósseis ainda existentes.
Infelizmente está-se a caminhar no sentido contrário. O facto de se deixar cair a proposta de moratória sobre a exploração de recursos no Ártico é disso demonstrativo, como o é também demonstrativo dos apetites e disputas que se escondem por detrás das ditas estratégias para a região.
Entretanto, enquanto prosseguirem as actividades de prospecção, pesquisa e produção offshore de petróleo e gás, é fundamental que os operadores em causa assumam um leque alargado de custos e de responsabilidades, seja na prevenção de catástrofes, seja perante a sua ocorrência, cuja possibilidade não pode ser excluída.