Campanha do PCP «Portugal a Produzir»

“O Douro e a Produção Vitivinícola”

No âmbito da Campanha – Portugal a Produzir -, o PCP levou a efeito no passado dia 22, no Salão Nobre da CM da Régua, um debate subordinado ao Tema: “O Douro e a Produção Vitivinícola”. Moderado por António Serafim, membro da Direcção Regional do PCP, para além deste, na mesa estiveram os Eurodeputados do PCP, João Ferreira e Ilda Figueiredo, Manuel Rodrigues do CC do PCP e o Pároco da Régua – Padre Luís Marçal -.
Mais de uma dezena de intervenções, fizeram deste, um debate vivo e esclarecedor, permitindo que os diversos intervenientes colocassem os seus pontos de vista quanto aos graves problemas que afectam hoje a mais antiga Região Demarcada do Mundo – O DOURO, Património Mundial da Humanidade -.

Sem pretender-mos particularizar esta ou aquela intervenção, destacamos o facto deixado bem vincado em algumas delas acerca do valor estratégico para o País da Produção Nacional, o aproveitamento das potencialidades para a criação de emprego, o combate á dependência externa e a afirmação de uma via soberana de desenvolvimento.
Numa altura em que o País está confrontado com uma das mais graves crises das ultimas décadas, o desaproveitamento dos seus recursos, está na origem dos gravíssimos problemas que o País enfrenta – estagnação e recessão económica, aumento da divida externa, desemprego e um conjunto de défices estruturais que agravam a situação e condicionam o futuro -.
A defesa da produção e do aparelho produtivo nacional, são sem duvida a resposta adequada ao actual declínio económico e é um contributo sério para a melhoria das condições de vida das Populações.

Neste debate, ficou bem patente o conhecimento dos interveniente dos problemas do DOURO, diferenciando-se as soluções para os atacar. Desde há muito, que os cerca de 35 mil Vitivinicultores desta Região e a própria Casa do Douro, sofrem sistemáticos ataques por parte dos sucessivos governos, sejam eles do PS ou PSD/CDS, deixando intocáveis os interesses das Casas Exportadoras/Multinacionais.
O roubo do Cadastro Vitivinícola, património individual dos Durienses e os entraves colocados ao saneamento financeiro da Casa do Douro – estratégica para esta região -, que já não paga salários aos seus trabalhadores há oito meses em consequência da não resolução deste problema, a não salvaguarda do valor patrimonial do Beneficio, cuja dimensão social é inquestionável, são a prova clara do desprezo que o Governo/PS tem para com os Viticultores Durienses que produzem o “melhor vinho do mundo”.
Como afirmou Ilda Figueiredo, “O Douro é o que é, deve-se ao trabalho, há herança dos antepassados que preservamos. A maior riqueza desta Região são as pessoas que nela trabalham e vivem”.
É necessário diálogo, é necessário sentar as pessoas á mesma mesa, como repetidas vezes apelou o Sr. Padre Luís Marçal, mas para que esse diálogo seja efectivo, é preciso vontade de todas as partes e não só de alguns. Podem contar sempre com o PCP, para ajudar a encontrar soluções. O Douro não está condenado. Este foi o compromisso que assumimos no Debate e que queremos honrar.

O desenvolvimento integrado desta Região, assenta sobretudo nos seus excelentes vinhos e na melhoria das condições de vida e trabalho dos seus habitantes.
É necessário uma reforma institucional da Região Demarcada do Douro que inclua a ajuda ao saneamento financeiro das Adegas Cooperativas.
Uma Casa do Douro com competências e atribuições recuperadas (nomeadamente o cadastro) e o seu saneamento económico e financeiro.
É preciso pôr Portugal de novo a produzir, para isso é necessário investir no tecido produtivo de Regiões como esta.
 

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