Já se sabia que o dr. Paulo Portas é um verdadeiro talento em matéria de gestão. Tudo ficou estrondosamente demonstrado quando se relacionou com a generalizada vigarice da Moderna, quando comprou o famoso Jaguar british, mais com as «trocas e baldrocas» da Amostra, etc. Mas, afinal, foi quinta-feira anunciado que o Ministério da Defesa iria dispor de uma central de compras que, dizia-se, permitiria poupar imenso dinheiro nas aquisições militares. De novo, uma completa trapalhada. A Defesa é apenas um dos sete ministérios que, segundo uma decisão de Novembro do ano passado e a partir de Setembro deste, serão integrados num projecto-piloto do Programa Nacional de Compras Electrónicas, centralizado na Secretaria de Estado do Tesouro. O início dos trabalhos data, aliás, já do Governo de António Guterres e prevê-se que englobe toda a administração central em 2004. Mas as «fontes» da Defesa também explicavam que a «vantagem» do «seu» sistema seria também acabar com a «opacidade» de algumas despesas a cargo da hierarquia das Forças Armadas, o que teria motivado «algumas resistências»...

A intrigalhada e a insinuação continuam, assim, a ser as traves essenciais do sistema do dr. Paulo Portas.