Visita a Exploração Leiteira

Associamo-nos a este grito de alma que o Sr. José aqui nos transmitiu, associamo-nos a esta batalha imensa da produção, a este, nalguns casos, desespero. Falou-se aqui em pouco mais de 3 mil produtores hoje, numa situação em que em pouco mais de 20 anos Portugal passou de 70 mil produtores para o número que temos hoje, com o que isso implicou do ponto de vista da redução da produção. Associamo-nos a este grito de desespero de quem aguenta com muito esforço, com muita dedicação, com muito trabalho, quem aguenta a produção, ainda que a perder dinheiro praticamente todos os dias, que é isso que acontece neste sector. É os custos dos factores de produção, dos adubos, dos alimentos, dos fenos, é tudo a subir de forma considerável. 

É a pressão sobre os preços. O que o governo tem é a obrigatoriedade de intervir em duas linhas: nos custos dos factores de produção e criar as condições para que o preço à produção seja mais elevado, e obrigar a fixar preços também do ponto de vista da distribuição. 

Nós estamos perante um sector que fez um esforço tremendo para cumprir todas as ordens de Bruxelas. Cumpriram tudo, esforçaram-se no sentido daquilo que estava exigido e a contrapartida foi o fim das quotas leiteiras e é uma Política Agrícola Comum que está os estrangular, que está a ser conduzida para cumprir os interesses dos países da Europa Central

Ora onde é que está aqui a responsabilidade? É do governo também. Do Partido Socialista mas também do PSD, do Chega e da Iniciativa Liberal, neste caso concreto que alinham profundamente nestas opções, que apertam os produtores, e que acabam por apertar as nossas vidas.  

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