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Pesar pelo falecimento de Georgette Ferreira

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No passado dia 3 de fevereiro faleceu em Lisboa, aos 91 anos de idade, Georgette Ferreira.

Natural de Alhandra, filha de operários agrícolas, começou a trabalhar nos campos das Lezírias do Ribatejo aos 8 anos. Tornou-se operária aos 16 anos e iniciou o seu trabalho na Fábrica de Fiação de Vila Franca de Xira.

Aderiu ao PCP em 1943 e logo nesse ano encabeçou a organização de uma greve vitoriosa de costureiras por aumento de salário.

Participou nas greves operárias de 8 e 9 de maio de 1944, tendo contribuído para a organização da solidariedade aos trabalhadores que foram presos e levados para a Praça de Touros de Vila Franca de Xira.

Em Julho de 1945 passou à clandestinidade, tendo sido presa por duas vezes, em 1949 e 1954.

Na sua primeira prisão, doente, foi internada sob vigilância policial no Hospital dos Capuchos, de onde se evadiu em 1951, retomando de imediato a actividade partidária na clandestinidade.

Após a sua libertação em 1959, viveu alguns anos na Checoslováquia. Regressada a Portugal e à clandestinidade em 1965, desempenhou tarefas em vários distritos – Lisboa, Porto, Castelo Branco e Setúbal, onde se encontrava aquando da Revolução do 25 de Abril de 1974.
Foi deputada à Assembleia Constituinte em 1975-1976 e deputada à Assembleia da República de 1976 a 1988.

Foi membro do Comité Central do PCP desde o início da década de 50 até 1988.

A Assembleia da República, reunida em plenário em 9 de fevereiro de 2017 expressa o seu pesar pelo falecimento de Georgette Ferreira e endereça aos seus familiares e ao PCP as suas condolências.

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