Declaração de João Dias na Assembleia de República

PCP questiona Governo sobre funcionamento das maternidades do SNS

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O encerramento, este fim de semana, de vários serviços de Obstetrícia/Ginecologia em vários hospitais de lisboa, em Braga e Santarém não nos surpreende!

Hoje, mesmo questionámos a ministra da saúde sobre estes encerramentos.

Há muito que o PCP tem vindo a alertar para a situação de falta de profissionais de saúde.

Ainda a semana passada requeremos a presença da ministra, com carater de urgência, na Assembleia da República precisamente para responder ao grave problema das especialidades absolutamente carenciadas.

Temos exigido e apresentado medidas que fixem os profissionais no Serviço Nacional de Saúde impedindo a sua saída para o privado ou para o estrangeiro, o que só se consegue com carreiras atrativas, valorização salarial, dedicação exclusiva, com mais equipamentos e investimento no SNS.

Esta situação de incapacidade de assegurar as escalas dos serviços por falta de médicos é transversal a todo o país e acontece em diversas áreas e especialidades.

No caso da obstetrícia/Ginecologia o número está muito abaixo do necessário para garantir o atendimento. Setúbal deveria ter 22 especialistas de ginecologia/obstetrícia, tem dez. No São Francisco Xavier são 14 médicos quando deveriam ser 22, na Guarda deveriam ser 10 médicos e são 8, em Leiria deveriam ser 24 médicos e o serviço tem 18.

Enfim, com esta carência as unidades hospitalares recorrem à contratação de médicos externos, contratados a empresas de prestação de serviços ou então recorrem insistentemente a horas extraordinárias.

É preciso o Governo tome com urgência as medidas necessárias para responder a estes e outros problemas de forma a que se garanta o atendimento à população.

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