As insultuosas acusações lançadas pela Administração Trump contra o Presidente Nicolás Maduro, dirigentes e altos-funcionários da República Bolivariana da Venezuela, usando caluniosamente alegadas questões ligadas a tráfico de droga, constituem um novo acto ignóbil que, ao mesmo tempo que revela o fracasso de anteriores operações desestabilizadoras, se insere na política de ingerência e agressão que, violando as mais elementares normas do direito internacional, visa derrubar o legítimo governo venezuelano.
O PCP denuncia e condena nos termos mais firmes esta nova provocação golpista do imperialismo norte-americano contra a soberania da Venezuela e os direitos do seu povo, que acontece, precisamente, quando a humanidade enfrenta os desafios colocados pela grave pandemia do Covid-19.
Cabe salientar, nas presentes circunstâncias, que os EUA ao invés de optarem pela promoção da cooperação e entreajuda no plano internacional, aproveitem a presente situação para intensificar uma intolerável agenda virada para a desestabilização e o reforço de medidas e sanções ilegais e arbitrárias contra países soberanos.
No tocante à Venezuela, desde há muito, os objectivos dos EUA são claros: consumar a “operação de mudança de regime” iniciada com as tentativas de golpe de Estado e o desencadear da guerra económica e imposição de um bloqueio ilegal e desumano, que atinge o povo da Venezuela e a comunidade portuguesa aí residente; derrotar a experiência libertadora e conquistas populares da Revolução bolivariana; instalar um governo fantoche ao seu serviço e apropriar-se das vastas riquezas naturais existentes neste país sul-americano.
A presente escalada de ingerência e agressão contra a Venezuela deve ser amplamente condenada no plano internacional. O PCP insta o Governo português a assumir uma postura que, em conformidade com a Constituição da República Portuguesa e o Direito Internacional, se paute pelo inequívoco respeito da soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela e a rejeição da campanha de ingerência e desestabilização dirigida pelos EUA.
O PCP reafirma a sua solidariedade às forças bolivarianas e ao povo venezuelano e à sua luta em defesa da Revolução bolivariana e da soberania da sua pátria.