Uma presença solidária em que trago uma saudação a estes homens e mulheres e jovens que aqui estão pela defesa dos seus interesses e direitos, pela valorização dos seus salários, pelo respeito pelos serviços públicos designadamente o SNS e a escola pública, num quadro muito difícil em que os trabalhadores estão a ver cada vez mais o custo de vida aumentar significativamente. Estamos profundamente preocupados porque o Governo PS e o primeiro-ministro na altura da apresentação do Orçamento dizia que a inflação seria meramente conjuntural. E ontem no debate ali realizado na Assembleia reconheceu que a inflação era para ficar. São más notícias para quem vive do seu salário, da sua reforma e da sua pensão. E naturalmente este sentimento de injustiça e de indignação. manifestou-se aqui claramente, a um dia de semana, nesta grande manifestação, numa demonstração de que, afinal o PCP tem a razão, tendo em conta aquilo que se discutia no Orçamento anterior a verdade é que há um agravamento claro, na dimensão salarial e social, em que o Governo, hoje com uma maioria absoluta continua a impedir que se avance numa solução. Esta é a contradição. O PS apelou a uma maioria absoluta por parte do povo português naturalmente o povo português tem o direito de perguntar:  para que é que está a servir essa maioria absoluta?