De acordo com o relatório 2015 do Observatório de Deslocação Interna (IDMC), só no ano passado acrescentou 11 milhões de pessoas à lamentável estatística dos refugiados, alimentada por conflitos como os da Síria, Ucrânia, Iraque, República Centro-africana, Sudão do Sul, Iêmen, Líbia e a República Democrática do Congo. O número de refugiados no mundo está assim avaliado num número record de 38 milhões de seres humanos.
A Guerra Civil Síria já deixou mais de 200 mil vítimas em 4 anos de conflito. E com o progresso do Estado Islâmico na região, o número de refugiados, que já era alto, aumentou para cerca de 4 milhões de pessoas. Os conflitos armados no Oriente Médio massacram a população, e não há protecção aos civis. A comunidade internacional assobia para o lado, e persiste em não assumir as suas responsabilidades directas neste conflito.
A Comissão Europeia adoptou uma recomendação que convida os Estados-Membros a reinstalar, num período de dois anos, 20 000 pessoas oriundas de países terceiros.
Pergunto à Alta Comissão como avalia este número face às necessidades avaliadas por organizações internacionais e face naturalmente às responsabilidades directas da UE perante a situação na Líbia, na Síria e no Iraque.