As decisões do Conselho Europeu último representam mais uma prova real da profunda crise em que a UE se encontra. Quer as decisões sobre os refugiados, quer as decisões face às exigências do Reino Unido demonstram o esgotamento político a que se chegou e a consequente ausência de soluções à altura dos problemas existentes. Perante o drama dos refugiados que fogem da guerra provocada e alimentada pelas potências ocidentais e pela União Europeia, a resposta continua a primar pelas medidas repressivas, tratando os refugiados como criminosos de delito comum. As manifestações de regozijo, perante a participação da NATO nas operações de patrulhamento da costa turca, dizem tudo sobre o ponto a que chegamos. Quanto à cedências ao RU, é mais um precedente que demonstra que nesta Europa, não há igualdade entre Estados Soberanos. Há países ricos que pretendem proteger o seu sector financeiro a quem tudo é cedido, ao mesmo tempo que se cai de forma impiedosa sobre países menos ricos para a tolerância é zero.