Sr. Deputado Bruno Gonçalves, quero colocar duas questões. Primeiro, como é que Portugal sai da situação de dependência dos países mais fortes, das grandes potências da União Europeia, no acesso aos fundos para a ciência? A União Europeia acaba de anunciar um conjunto de medidas com grandes fundos associados. Portugal continua sempre numa posição de dependência, porque para aceder a esses fundos, as nossas unidades de ciência e investigação precisam sempre de encontrar uma espécie de consórcio com unidades de países mais importantes, mais fortes, para conseguir aceder aos fundos. E a segunda pergunta é esta, como é que o PS resolve a contradição do seu discurso e do seu posicionamento, defendendo por um lado o investimento na ciência e na investigação, mas por outro lado estando de acordo com todas as restrições e condicionamentos orçamentais que a União Europeia nos impõe, nomeadamente a partir do Pacto de Estabilidade. Nós precisamos de fazer um investimento em ciência e tecnologia e isso não é compatível com a aceitação dessas restrições orçamentais que a União Europeia nos impõe.